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terça-feira, 18 de agosto de 2015

ANTEPAROS

Eita trem oportuno sô!
Então a pés em chão
Sem pestanejar se quer
Sim´bora lá  saber
Do que se trata
Esses anteparos enfim
Vez que são tão oportunos
Ao cotidiano de nossa vidinha
Nem sempre verdinha
Verdinha... ara!

Se mingau quente
Sempre se come
Pelas beiradinhas...
Pra não se queimar a língua
Ui!... Então é preciso ter
Muita precaução
Antes de degustá-lo... ara!

Se o tal príncipe
Encantado
Pode ser apenas
Um sapo sem eira
Nem beira...
Ou um terrível vilão...
Ui!... Então é preciso ter
Muito cuidado
Antes de aconchegá-lo
Ao peito apaixonado... ara!

Se no reverso da historia
A tal bela princesinha
Pode não passar
De uma arengueira Malévola...
Ui!... Então é preciso ter
Muita cautela
Antes de agasalhá-la
Ao coração seduzido... ara!    

Se água de coco
Industrializada
Pode ser apenas
Salmoura...
Ui!... Então é preciso ter
Muita circunspecção
Antes de bebê-la... ara!

Se nem tudo que reluz 
É ouro...
Ui!... Então é preciso ter
Muita atenção
Antes de adquiri-lo... ara!

Se quem dá festa
Todo dia
Morre mendigo...
Ui!.. Então é preciso ter
Muita ponderação
Antes de fazê-las ... ara!

Se até os deploráveis pichilecos
Ocorrem onde jamais
Deveriam acontecer...
Ui!... Então é preciso ter
Muita cautela
Na hora da eleição... ara!

Putzgrila!... Se assim é então
D´ora avante sem perder
A ternura jamais...
Revistir-me-ei sempre
De muita cautela
Muita ponderação
Muita atenção
Muita circunspecção
Muito cuidado
Muita precaução
Etc etc... ara!

Ah! E d´ora em diante também
Sempre antes de tudo
Que precipitadamente
Agora eu pretenda fazer...
Tenham por certo
Que indubitavelmente
Lançarei mão de todos
Esses muitos anteparos
E de tantos outros que ainda
Por acaso houver
Porquanto pretendo
Deliberadamente
Evitar quaisquer desagradáveis
Aborrecimentos futuros...
Né não sô?

Montes Claros- MG, 18-08-2015
Romildo Ernesto de Leitão Mendes
(RELMendes)
     

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Uma humana referência da ternura de Deus A se derramar totalmente por este Sertão afora

Pe. Henrique Munaiz Puig CJ



-Este, diria eu, todo o Sertão... O ama!
Porque fora como aquele bom samaritano
Que submetera sua agenda – pessoal – ás
Necessidades incontáveis... de cada sofredor,
Que a todo o momento o buscava em sua casa
Ou mesmo no percurso de suas andanças pastorais
Para que ele de pronto o socorresse na agrura.

-Este,diria eu, todo o Sertão... O conhece!
Porque todos, e cada um de nós em algum momento,
Fomos oportunizados com um gesto de ternura desse Pe,
Que soube amar, enquanto viveu,como “Jesus” amou. 

-Portanto, ousar falar do querido Pe Henrique...
(Pe de todas as gentes deste amado Sertão)
- É falar de uma vocação abençoadíssima....
(Porquanto fora santa, e fecunda,á beça!)
-É falar de um chamado – divino – especialíssimo...
(Porquanto fora feito em prol das gentes,sobretudo   
  Das mais pobres deste amado Sertão sofrido!)
- É falar de uma convocação oportuna, e pertinente...
(Porquanto feita á mãos que queriam ajudar as gentes!)
- É falar de uma criatura profundamente humana...
(A quem o “Criador”,e todos nós, o amávamos...
 Sem economias! )

-Então, vamos falar desse bom “homem de Deus”
 (Por quem eu e muitos,nutrimos uma profunda admiração)
Com muita imaginação poética...
 (Mas sobre fatos totalmente verdadeiros)
E bastante carinho, deveras, filial.

-Em um certo dia qualquer...(de bem antigamente!)
Em sendo ele, Pe Henrique, sorrateiramente...
Pelo “Amor” – de “Deus” - totalmente seduzido...
E obviamente, também escolhido
Para ama-l”O”, incondicionalmente...
E para todo o sempre servi-l”O” amando a todos:
- Um certo jovenzinho...(espanhol da Galícia)
De pronto, a pés em chão, e coração ás nuvens...
Ele, o jovem Henrique, logo aderiu ledo a esse
Irrecusável “Divino Apelo”... “Vem e segue-Me”!

-E sem perder tempo algum, então,
Ele, o jovenzinho Henrique, imediatamente, se pôs
A percorrer confiante o caminho que o capacitaria
A ser do “Altíssimo”, um servidor exímio, do jeitinho
Que “Deus” sonhara que ele o fosse...
E, ao tempo de “Deus”, o próprio “Deus” foi tecendo...
Pouco a pouco, cuidadosamente, o missionário jesuíta
Que “Ele” sonhara que o Pe Henrique fosse aqui pelas
Bandas deste distante Sertão agreste. (Mas robusto viu?)
-Embora já envelhecido, o sábio padre ancião sorridente
Continuava em sua lida diária como se jovem ainda fora.
Pois todas as manhãs logo ao sair de sua pobre residência
Ia espalhando sorrisos cativantes e cumprimentando a todos
Com um simples aceno de mão como se isto fora sua liturgia
De viver de tantas maneiras sua inescondível caridade...cristã.
E porquanto, digo-lhes que, mesmo em sua envelhecência,
Pe Henrique ainda prosseguia a sua missão de espargir
(Por onde quer que transitasse sempre apressado e sorridente.)
A envolvente ternura de “Deus”, que dele, abundantemente...
 Exalava (Sem avareza, nem tampouco, economias)
Sobretudo, ao se dirigir – diariamente - todo amanhecer, rumo
Ao “Carmelo Maria Mãe da Igreja e Paulo vI”...
Aonde de há muito ele exercia sua função pastoral, de bondoso e
Leal...” Capelão”...tal qual “Deus” sonhara que ele o fosse...

-Não d’outra maneira, por onde caminhasse, qual o fazia no vigor da Juventude, ele, o Pe Henrique, sempre tratava a todos,quer ricos ou pobres...com a mesma deferência ...quiçá, por seu temperamento...
 Ou mesmo por ser um santo,na verdadeira acepção da palavra.
Como o bom “Deus” sonhara que, verdadeiramente, ele o fosse: 
-Aos pobres, ou simplesmente, aos sem eira nem beira:
- Ele os tratava como filhos muito amados vez que os via como
Se fora O “Cristo” que sofre a peregrinar por esse mundão afora.
- Aos abastados pelas riquezas materiais...
Ele os acolhia como irmãos queridos vez que, juntamente consigo,
Cria ele, formavam o grande cortejo da imensa procissão de todos
Os filhos do  “Deus Altíssimo” em trânsito rumo á “Casa do Pai”.
Este era o Pe Henrique, missionário jesuíta, de corpo,alma e coração, Que a ninguém menosprezava por nada deste mundo...tal qual “Deus”
Sonhara que ele fosse, pra evangelizar estas plagas distantes...deste
Amado Sertão agreste. (Mas robusto viu?)

-Por fim, se é que a bela saga de Pe Henrique tem fim...
Pra concluir essa singela louvação a esse santo “homem de DEUS” Trago á baila alguns outros preciosismos detalhes da iluminada e
Santa vida desse Pe ,amado por “Deus” e, por todos nós também,
Que a meus olhos de sertanejo católico – praticante – são, deveras,  Assaz interessantes pra se saber e matar a curiosidade que,quiçá...
 Se tenha, aos montes, á cerca das peculiaridades  de sua santa voda:
- Ele demonstrava, declaradamente, sua imensa predileção filial pela
Santíssima Virgem Maria, a dulcíssima Mãe do “Verbo Encarnado”...
 A quem amou de todo o seu coração, enquanto vida teve!
- Quem quisesse deixá-lo furioso, ousasse, perto dele, desrespeitar a
Santíssima Virgem Mãe de “Deus”, nosso Senhor “Jesus”!  
-  Ele era um cristão todo jesuíta que nem o Papa Francisco...
Vez que, em religião, era também filho de Sto Inácio de Loyola
E é talvez daí, donde, certamente, lhe viera seu grande zelo...
E imenso amor filial á Santa Igreja Católica...
A quem fora leal até o fim de seus dias, tal qual sonhara “Deus” que
Ele o fosse, sem hesitar jamais!
- Não há, também, como se negar ou se abster de mencionar...
Ele, o Pe Henrique, era verdadeiramente,um dos muitos tesouros
Da Santa Igreja Romana, bem escondinho cá pelas bandas desse
Amado Sertão sofrido. (Mas robusto viu?)
-Matutamente, afirmo sem hesitar:
- Pe Henrique era um verdadeiro catrumano
Vez que abrira muitas trilhas, por esse “Grande Sertão Veredas”,
Afim de nos conduzir lá pras bandas donde “Deus” fez sua
Santa Morada...AMÉM!

(Mt, 4,18-24)

RELMendes – MOC - 13/08/2015

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Por aqui dá pra acabar de chegar... ora!



-Chegar aonde criatura?
Aonde quer que se queira... ara!

-Chegar onde se esconde a essência
De mim mesmo... Ora:

- À mesa aonde se partilha
O pão nosso de cada dia...
Quentinho quentinho...

- Á porta do amigo aonde se aninha
A amizade verdadeira...

- Aos braços da mulher amada
Aonde me aconchego a cada dia...
- À varandinha de minha vivenda florida
De ipês coloridos e açucenas azuis
D`onde contemplo os arrebóis
Dos alvoreceres da vida...

- À beira de um corregozinho qualquer
Aonde se possa abluçionar-se...por inteiro,

- À pracinha de uma igrejinha qualquer
Aonde...sob o clarão do luar,
Se possa passear...de mãos dadas,
Com todas as nossas lembranças enfim...

 -Oh! Quão incontáveis são os aonde,s
 A se chegar ,então, quando se tem
 Uma alma gentil de poetinha apaixonado
 Por essa vida gostosamente vidinha... ara!

Montes Claros- MG 24-07-2015
RELMendes