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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Uma história verdadeira e enternecedora:

Conta-se que um psiquiatra que cuidou das crianças sobreviventes da 2°Guerra Mundial se apercebeu que elas sempre tinham um sono muito atribulado, apesar de bem alimentadas e muito bem cuidadas durante o dia. Então, pos-se o tal psiquiatra a pesquisar a causa de tal fenômeno. Após varias experiências empíricas, descobriu que a insegurança causada pela fome durante a terrível guerra, era a causa das noites tão atribuladas. Então, sempre à noite, antes que as tais criancinhas adormecessem, ele colocava em suas mãos um pão, não para se alimentarem a noite, mas para que tivessem a certeza de que teriam alimento no dia seguinte.
Elas passaram, destarte, a dormir serenamente.
Que beleza essa junção de competência com solidariedade, né não minha gente?!

Montes Claros (MG), 15-02-2015
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Uma estorinha que escorregou pelo ralo dos meus dias:


-Certa feita, no aniversário de um amigo meu, fiquei boque-aberto ao observar que sua irmã chegara munida de sacolas de plástico, e se dirigiu, diretamente, à mesa de guloseimas, e pos-se a recolher todos os doces, enfeites, bolinhos e salgadinhos.
Isto, antes mesmo que os convidados chegassem para cantar-lhe os parabéns.
Espantado, sussurrei ao pé da orelha do meu amigo:
- Uai, não vai mais ter festa?  
- Claro que terá! Disse me ele, sem graça.
- Mas... sua irmã recolheu tudo que tinha na mesa!
- Por que você não chama atenção dela?
- Não há como!
- Mas... porquê?
- Porque ela tem cabelo nas venta!
Pois é... a voracidade dessa gaiata feroz acabrunhou a alegria dos convidados.
Pois é... quem sabe ela não deveria procurar uma terapia, hein?!

Montes Claros (MG), 12-02-2015

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domingo, 8 de fevereiro de 2015

Coisas que ainda me espanta


Há muitas senhorinhas gulosas por ai afora.
Desculpem-me os que ousam quebrar as regrinhas da etiqueta, mas um pouco de civilidade é fundamental para a boa convivência social.

Não raro por estas bandas de cá, como, também, pelas bandas de lá, quer em festinhas familiares de fundo de quintal, quer em festividades de alto nível, sempre nos depararmos com senhorinhas vips ou senhorinhas pobres, surrupiando pelas mesas das festas, sorrateira ou acintosamente, guloseimas saborosas para leva-las a seus domicílios, (verdadeiras Magnólia da novela império!).

Tal hábito, senão esdrúxulo, demonstra, no mínimo, uma infantilidade lamentável e reprovável.
Contudo, nesse fenômeno sócio- cultural, o que mais me abisma é que tanto aquelas ( as vips), quanto essas ( as pobres), têm plena consciência de que tal hábito não é louvável. Vez que umas criticam as outras em alto e bom som.
Em face dessa irônica narrativa, cá quedo-me eu, estarrecidíssimo !

Montes Claros (MG), 08-02-2015

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