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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Palavras todas são belas


Nem todas! Nem todas!
Só quando se derramam
Dos lábios inspirados dos poetas
Ou dos olhos marejados d’água
Que sem falar dizem de saudade
Que sem dizer falam de ausências.

Pois no mais das vezes vazias
Sem nexo mesmo aos extremos
Quando regurgitadas das bocas
Daqueles que do escondimento
De si mesmos pobres de tudo
Só têm-nos a falar aos montes
De ostentação. Incenso dos tolos...
E nada além!

RELMendes – 06/11/2019


quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Partilhar o pão é ser mais humano


-Farta-te, á beça!
Empanzina-te, aos vômitos!
Enquanto á tua porta ou mesmo
Em tua família, Lázaros imploram
Migalhas, sobejos, que de tua mesa,
Sempre farta,cairão, aos montes.

-Farta-te, á beça!
Empanzina-te, aos vômitos!
Bom mesmo seria que em tua fartança
Dias houvessem de partilha generosa
Do teu desperdiço com os indigentes
Pois, quiçá, assim,quem sabe, a sobriedade
    (assaz bendita)
Não te coroará de satisfação perene?!

-Farta-te, á beça!
Empanzina-te, aos vômitos!
Mas atenta-te... Pois esta bestialidade
Não é senão o imenso vazio da ausência
De algo que ávido, buscas, sem saber jamais,
Na verdade, o que tanto almejas vez que o que
Ávido buscas, a ti e a todos, deveras transcende!

RELMendes -13/11/2019

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Aquele que semeia colhe o semeado


-Quem semeia sabe do tempo
Bom de semear pra colher bem
Ora, se sabe!
Quem semeia sabe ou deveria
Atentar-se que colherá o plantado
Ah se colherá!

-Portanto...se lhes aprouver, ousam-me:
-Quem semeia amor espalhá-lo-á mundo afora
Vez que o colherá de sobra por sua boa semeadura.
-Quem semeia a paz conviverá em paz todos os dias,
Consigo mesmo e com todos ao seu redor e alhures.
-Quem semeia bondade disseminará benquerer
Aonde quer que ouse a pôr-se a montar sua tenda.
-Quem semeia humildade ( indubitavelmente)
Encantará até ao Criador (demais da conta)
Que dirá então aos demais viventes...com os quais
Por ventura ou desventura venha a conviver dia a dia.
-Quem semeia perdão colherá sua própria liberdade   
Vez que se desvencilhará sem dúvidas dos grilhões
Que o emaranha a seu magoador (tão odiado)
O qual no mais das vezes desconhece...totalmente,
Tê-lo algum dia magoado por algum motivo qualquer.
-Quem semeia alegria não há dúvidas colherá sorrisos
Que muito enfeitarão o jardim de sua vida a fluir.

-Eu só semeio singelos versins de amor sabia?.
E porquanto colho ternas palavras de carinho ao léu.
O que enche-me o coração de alegria, á beça,e aos ares
Conduzem-me a alma embriagada de felicidade.

Relmendes – 05/10/2019

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Das coisas que não se devia esconder


(Regalos do amor de uma vida inteira)

Será que a vida estabanou-se de vez?

Pô! Confunde-se, hoje em dia, tudo.
Pensa-se até ser amor a paixão fugaz.
Ah mas não é mesmo!
Não, não é não mesmo!
Quem duvidar que pergunte
A quem ama ou já amou á beça.

A paixão ah, é um arrebatamento
Inesperado desvairador passageiro
E eclode ou desabotoa-se incontrolável
A qualquer momento da vida. Sabia?!
A paixão é avassaladoramente imprevisível.
E nos surpreende em qualquer idade. Viu?
Entretanto passa! Não se pereniza jamais!

Amor decide-se. É determinação.
Não é fascinação aloprada.Jamais!
Nem fascinação passageira! Nunca!
Amor se tece com teias consistentes
De resiliência. Fiapos de benquerer resistentes.
Fragmentos de compreensão mútua cotidiana.
Filigranas – primorosas - de empatia diária.
Delicadezas bordadas de surpresas enternecedoras
A cada momento que se reencontra a quem se ama.
Punhados de ternura capazes de desfalecer...
A quem se ama de verdade ou sem medidas.

Amor é crença. Crença de se poder transformar
A rotina do dia a dia numa alcova de prazeres
Nãmporta o  estado d’alma em que se encontre.
Quem soube tecer um amor verdadeiro bem o sabe
O quão ele é perene vez que transpõe até os umbrais
Desconhecidos da eternidade sem fim....
Né não minha amiga Maria Cléo Mendes​ ?

RELMendes – 28/09/2019





sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Primavero-me todinho


(por qualquer coisinha)



Sempre que ouço
O reboliço da vida
A anunciar-me que
Ainda estou vivo...
Ah, imediatamente
Primavero-me todinho!

Sempre que vejo
O sol clarear o dia
Pelas vidraças da janela
Do meu quarto de dormir...
Ah,imediatamente
Primavero-me todinho!

Sempre que contemplo
Uma dália desabotoada
Bem ali em meu jardinzinho...
Ah, imediatamente
Primavero-me todinho!

RELMendes – 19/09/2019



segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Vivemos tempos em breu


-Embotoados de esperanças
Foram meus dias tempos atrás...
Tempos não tão distantes assim
De todos nós que sonhávamos
Dias melhores pra todos nós viu?.

-Hoje encasularam-se os sonhos
E embernaram-se as alegrias...
Só não vê quem é totalmente cego.
Ou então quem teceu este tempo
De desesperança e tristezas!

-Então, enquanto os ventos da liberdade
Desviarem-se das rotas destas plagas
Só nós resta...embaixo destes céus.
E, sobretudo em cima de suas nuvens,
Proclamarmos ao mundo inteiro que...
Embora acuados por todos os lados aqui,
Perdemo-nos em desejos de que
A liberdade retorne logo, bem rapidinho,
Para que se possa novamente transbordar
De alegria constante e esperança num porvir
De justiça: - saúde, pra todos; segurança...
Sem violência em hipótese alguma;
Educação que nos leve ao dialogo profícuo
Que nos conduz a um discernimento maior
Em prol da felicidade de todos e de cada um  
E, sobretudo o espantamento imediato da fome
(de comida)
Que assola a olhos vistos as casas do nosso povo
Menos abastado não é de hoje.  


RELMendes – 05/09/2019


sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Repensar a paisagem do agir


(É puro discernimento!)

-Pra quê tanta ostentação aos ares

Se jamais seremos tão belos
(ou mesmo quiça encantadores)
Quão o são os lírios do campo?

-Pra quê tanta bestialidade aos ares
Se só a bondade a gentiza e
Certamente a humildade (sem dúvidas)
É que sobremaneira encantam a todos
E desmontam até os intratáveis biltres?

-Pra quê enfim tanta afronta descabida
Aos “Céus” aos pobres e á diversidade
Se amanhã ou mesmo hoje ainda quiçá
Poder-se-á partir de repente  lá pras bandas
Donde só se leva apenas o que fomos
E nada mais além?

 RELMendes -21/08/2019




terça-feira, 20 de agosto de 2019

Se queres beijar. Que beijes.

 (Olha o bafo de jaratataca, viu?)

Ah, meu cheirinho de rosas...
Não sei se beijas bem ou não.
Isto a mim pouco me importa agora.
Só sei que gostaria muito de beijar-te.

Quero beijar-te...beijar-te ao delírio.
Mas longe de mim o desvario de
Forçá-la. Quero-te, caso queiras-me!
E queiras-me até o enjoo. Nunca ao nojo.
Mas logo hoje, não sei bem o porquê,
Esqueci-me dos chicletes.

Ah! Mesmo assim, se vieres
Dar-te-ei umas tantas bitoquinhas
(ainda que jararatatacosas)
E uns bons acochos.Ofegantes.
E quiçá nos contorçamos na relva
Dos prazeres até saciarem-se
Os meus e os teus desejos...

Relmendes -16/04/2019


quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Versejando Agosto



Versos, ah, não os faço nunca!
E se os fiz, “êta qui quá!” ,não fui eu
Quem os fez, tenha por certo.
Mas sim aquele vate atrevido,
(Estrambelhado, á beça, a meu ver)
Que em todos nós habita ou se instala
Bem lá no sagrado da gente...
( sem pedir licença)
E vez por outra ah, ele se estrebucha todo
Lá aonde a gente esconde sentimentos...
(a sete chaves)
E põe-se a espalhá-los ao léu.
(A boca miúda mesmo.)
Em forma de quaisquer versos.
Simplesmente isto, apenas!

RELMendes – 01/08/2019


sábado, 27 de julho de 2019

Ontem eu vi Celene


( A Karla de muitas artes)
Karca Celene 



-Kalimera a ti sempre ó Celene!

(Quer desperta ou silente
na lida dos teus versos!)

-Qual delas ah qual delas
Se tantas numa só são muitas?
Celene a feita de brejos
Pois no das “Almas”
Em amor fora concebida
Ou aquela desabrochada
Poema pleno de vida
Em Montesclariou
Nossa amada “Aldeia”
Onde seu primeiro Kalimera
Á vida ela aqui o dera?

-Kalimera a ti sempre ó Celene!
(Quer desperta ou silente
na lida dos teus versos!)

-Qual delas ah qual delas?
Aquela que de repente se espanta
E transpõe “Campos” e sobrevoa
Mares alhures doutras gentes
Pra inebriar-se de seus amanheceres
E pores de sóis deslumbrantes (á beça)
Ou quem sabe quiçá aquela que
Despretensiosamente (Por que não dizê-lo?)
Se dispõe a concluí-los  (modéstia a parte)
(Caso careçam eles de alguns retoques em suas belezuras)
Com o próprio esplendor que ela traz consigo ao sorrir
Posto que mulher-sertaneja de luz poemas poesias
Prosas e cenas teatrais ao clarão do luar deste Sertão
Sofrido mas robusto em Artes!

-Kalimera a ti sempre ó Celene!
(Quer desperta ou silente
 na lida dos teus versos!)

-Ah só sei que ontem eu vi Celene!
Qual delas ou qual das tantas creiam-me
Todas elas ao mesmo instante.
Pois sol a pino com graciosidade inenarrável
Adentrou Celene via telinha da tv á sala de estar
(De minha humilde vivendinha ...no bairro Esplanada,
Nessa linda Montesclarosmontesclariou)
Que nem um arco ires esfuziante de buniteza
Deixando-nos a mim e a todos que a viram
E a ouviram em entrevista dada boquiabertos
Ao cumprimentar-nos... embora já sol a pino,
Com seu adorável Kalimera (Bom dia grego)
Achado por ela á sua maneira sensível de ver
E sentir o sagrado do alhures no caso lá pelas
Bandas das distantes terras além mares e muitos ares
Das antigas Grécias das tantas “Sofias” que houve
 E hão de sempre o haver enquanto houver Celenes
A polvilharem suas “Sofias” mundo afora, quer
Em versos ou simplesmente em poesias...

-Porquanto Kalimera a ti sempre ó Celene
Escritora poeta mulher-sertaneja de muitas Artes
Deste amado Sertão Montes-clarence!

RELMendes – 26/08/2019


terça-feira, 9 de julho de 2019

Se a vida hoje está em breu, questione-se!



Ora! Se a vida hoje está em breu
Vista-se então de luz (ainda que neon)
E trate de iluminar-se pra que ela fulja
Quiçá um simples sorriso teu já baste
Pra ela a vida se acender em radiante fulgor.

Ora! Se a vida hoje está em breu
Enfatiote-se todinho de esperança
Ou quem sabe de girassóis dourados
E sorria á beça pra quem lhe vê passar
Quiçá assim ela a vida  se irradiará de pronto.

Se a vida hoje está em breu
Fantasie-se sim de pirilampo
(Se necessário deveras for)
E ponha-se a pirilampear ao léu
Por onde quer que vás a pirilampear
Ou quem sabe faça-se apenas de luar
Quiçá assim ela a vida se esplenda
Ao clarão do teu fulgente enluarar-se?!

Se a vida hoje está em breu
Então pare pense e questione-se:
-Será mesmo ela a vida
Ou simplesmente eu
Quem hoje está em total breu?


RELMendes – 30/06/2019

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Se te apraz amar, pois que ames á beça!



-Ora, se queres, ames, aos uivos!
Se queres, vás além das alcovas...
Quiçá, atrás de moitas, muros, esquinas...
Até em valas ou beirando abismos...(Profundos)
Quem sabe? Mas ames freneticamente!
Sem psius, nem tampouco, constrangimento.
Simplesmente, regales-te em beijos vorazes;
Em caricias buliçosas, aos montes...
 Plenas de desejos obscenos.

-Por fim saciado/a  – ainda que por instantes –
Transportes-te, ao léu,quiçá, ao brilho da reluzente
Estrela da manhã que - mesmo enrubescida
De discreta inveja - passeará contigo pelos céus
Do tal do “eros” insaciável, que se aplacara - por
Momentos -  com os delírios dos afagos por ti
Vividos , aos montes, quase em plenitude total.

RELMendes – 20/06/2019

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Meu pensar vai aonde lhe aprouver


Vá! Vá por ai incerto ó meu pensar
Vagueis sem saber bem aonde irás.
Paires quiçá sobre flores a desabrocharem.
Quem sabe?
Não te importes de que espécie sejam
Vez que quase todas têm agradáveis aromas
Bons á beça de se aspirar por momentos.
Flutues quiçá de preferência sobre touceiras
De girassóis dourados a despertarem rodopiantes
Em busca da luz do sol a brilhar.

Vá! Vá meu pensamento por ai ao léu.
Pouco se dê conta com o que se dirá de ti.
Simplesmente se vá aonde possas pousar.
Pousar quiçá por espanto ou encantamento
Para ao relento desse teu espantamento ouvires
O triste cantar do “sofrer” a ecoar em tuas andanças.
Ah, o "sofrer"! Pássaro que de há muito não o ouvias
A solfejar por ai, nem sequer em tuas lembranças.

RELMendes – 19/06/2019

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Sem papas na língua (5)


-Quem mandou?  -Quem mandou?
-Agora lá se vai o trem de nossas vidas descarilado.
Será por quê, hein minha gente? Eureque!
Bem sei eu que a maioria das muitas gentes brasilis
O sabem muito bem os porquês  do sinistro
Descarrilamento do trem de nossas tristes vidas...
Que, outrora, eram tão esperançadas.
Mas, simplesmente, essas muitas gentes brasilis agora
Figem desconhe-los (os tantos porquês abestalhados)
Pra não se chamuscarem á boca miuda, por ai afora...
Face ao escangalhamento de seus sonhos(todos)
E aos de outrém também, de quando dos seus incontáveis
 “ mea culpa” que a toda hora, infestam suas consciêcias
(Embotadas, á beça,  de pecados muito além dos veniais!)
Pra não mencionar ainda as perdas imensuráveis ás suas
Esperanças mamulengas que, neste então, não voam mais...
A contento de seus, quiçá, anelos assaz pueris.
-Quem mandou? -Quem mandou?

RELMendes – 07/o6/2019



terça-feira, 4 de junho de 2019

Beijar é sinal de amor pra valer


Se queres ser verdadeira feliz...á beça,
Pois que sejas um pouco atrevido.
Nanporta a idade que tenhas.
Se o amor tão esperado chegou...
Acocha-lhe ao peito sedento.
Tasque-lhe um beijo demorado.
Pouco importa o que digam por ai.
Pouco importa o que futricam alhures.
Sabe por quê? Queres mesmo?
Ora, estão apenas explodindo de inveja!
Portanto, deixa que falem a vontade.
Faça-se de moco aos borborinhos invejosos.
Beije freneticamente até serenar-se a paixão.
Depois usufrua da ternura quase eterna....
Que arrebatar-lhes-á  aos céus dos amantes.

RELMendes – 02/06/2019



quinta-feira, 30 de maio de 2019

Quem nunca resvalou por uma noite interior?


Ás vezes, noss’alma,  por vezes perdida... 
Ou mergulhada em densas trevas...interiores,
(Quiçá, a tal noite escura falada por João da Cruz )
De repente, se alumbra inexplicavelmente, com uma luz...
Quiçá.uma Luz celestial ,a transpô-la...totalmente,
( Sem constrangimento algum, mas tão bem-vinda!)
 Antes que ela, noss’alma, sucumba ás agruras
Que, sem sua aquiescência, nela se aninham
Abusadamente , como se fossem donas dela.
Mas se  apacientarmo-nos, conosco mesmos,
E , sobretudo esperançarmo-nos, á beça, elas,
As densas trevas – interiores – quiçá,logo se dissiparão...
E noss’alma voltará a saborear a luz da alegria.

RELMendes – 21/05/2019


terça-feira, 7 de maio de 2019

Mesmo quando o outono chegar As flores hão de perfumar-nos


Mesmo em ventos de manhãs de outono
Desperta-nos ao perfumarem-se as flores
Que não obstante o sopro gélido do outono
Insistem em desabrocharem nos jardins
Do de repente das estações do tempo em troca
Para aquinhoar-nos de belezuras os amanheceres
Da vida estilhaçada em dias plenos de variados
Espantamentos efêmeros que sempre vale a pena
Deixarmo-nos arrebatar por todos eles, sem hesitar
Jamais, não importa o estranhamento chulo
Em que noss’alma se debruce no momento.

RELMendes – 07/05/2019



segunda-feira, 29 de abril de 2019

Não há que se ter tanta ansiedade a toa Pra se degustar a deliciosa felicidade


-Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles...e elas,
Todos nós...juntos, enfim:
- Estamos sempre muito inquietos!
- Quiçá,malassombrados, á beça, até!
Vez que a ausência de intermitência
Em nossas ansiedades constantes
(Para se ser feliz a qualquer preço)
Alvoroçam-nos, desnecessariamente,quiçá,
A alma ingênua, o coração aloprado...
E a pobre mente abestalhada...
Como se fora os de uma criança
Que facilmente se deixa levar ao léu
Ao sabor de suas ilusões tão pueris...

-Ora! Ora! Ora! Deixarmo-nos, pois,
Levarmo-nos pelos apelos pueris da criança que
Em nós residirá até o fim de nossos dias...
E corramos sem medo, o risco de se descobrir que
Felicidade é apenas um punhadinho de coisinhas
Com o delicioso sabor de infância, tão somente,
E nada além!

RELMendes – 23/04/2019

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Todo dia é dia de índio




-Nesse país todos nós somos índios.
(Ou seja. AMERÍNDIOS ou SILVÍCOLAS!)
Quando não no sangue, em seus muitos costumes.
- Comemos lambendo os lábios - beiços mesmo –
Mandioca, macaxeira ou aipim, em suas diversas
Formas de degustá-la prazerosamente:
- Farinhas diversas, farofas tantas, beijus, tapiocas,
Bolos etc & tal
- Balançamo-nos prazerosamente em redes...
- Cochilamos preguiçosamente no seu  balangar.
- Quem não gosta de uma traira sem espinhos
 Frita ou assadinha?
Com as índias aprendemos assá-la ao calor das brasas
Embrulhada em folhas de bananeira ou outras folhagens.
- Quem de nós não gosta de se banhar várias vezes ao dia?
Dizem os europeus que isto é coisa de índio. E não será?
- Quem de nós não gosta de se mudar com  frequência?
Mudança faz parte da vida do índio em busca de terra fértil.
- Fomos, outrora, acolhedores e hospitaleiros, sobretudo com
Os nossos...porque numa tribo todos são responsáveis por todos.
 Como órfãos, idosos etc & tal.
- Somos trabalhadores porque o índio – macho – levanta-se
Cedinho para caçar e pescar para prover a tribo de alimentos.
Se eles descansam á tarde, não é por preguiça, mas pra estarem
Aptos a enfrentar o inimigo invasor de seu território e darem  
Assim condições de fuga ás crianças, mulheres e idosos.
- As índias são parceiras laboriosas e responsáveis pela
Continuidade da espécie...e sua sobrevivência...com fartura. 
- O índio, pra quem não sabe, é um educador por excelência:
Pois quando vai ensinar algo a algum curumim- criança –
Ele se poe de cócoras para ouvir e falar sem se impor
Pela sua altura...ao seu aprendiz atento etc & tal
Isto é apenas um exemplo!

-Então salvem- nos! Salvem-nos!
Porque é uma pinóia das cabeludas
Quem no Brasil diz, ou afirma não ser índio!
“Êta  que quá!”

PS - Ah! A sinistra ministra da agricultura, Tereza Cristina, e
Outros afins, como a esdrúxula Damares, não o são
Vez que uma é uma chupadeira de mangas, quiçá, um guariba,
E a outra, uma butiazeira, viciada em goiabas celestiais.

RELMendes – 20/04/2019
Fotos  de Manoel Freitas


sexta-feira, 12 de abril de 2019

Coisinhas corriqueiras do meu dia a dia


-Acordei? -Respirei? -Espreguicei-me?
-Certifiquei-me de que ainda estou deveras vivo?
-Pois, então, vou deixar a luz do sol entrar:
- Cantarei louvores de gratidão aos céus...
E á vida a fluir em mim, e fora de mim,
-Irei em seguida pras ruas entreter-me, á beça,
Com meus pares... Ou melhor.. Os de minha idade.
(Senhorzinhos e senhorinhas fuxiqueiros)
Para nos desentendermos ou concordarmos
Sobre a escrota tuchutuchucança do ministro
(da economia)
Em favor dos gananciosos banqueiros exploradores...
E gargalharmos muito, acintosamente até, d’outro
Ministro, apedeuta, e de sua infeliz gafe ao dizer:
- “Conge”, ao invés de cônjuge....
“Êta que qua!”

-Gente, por conta de tanta zueira e gozação, á beça,
 Sou sempre o último a deixar a patota, tagarelante,
 Ou a abandonar o pedaço aonde as fofocas correm
Desenfreadas, aos montes...  
Vez que não quero que falem de mim pelas costas...
“Èta que qua!”

-Contemplarei também, florzinhas mimosas, á beça,
Que se aproveitando do desleixo, a olhos vistos,
Das calçadas desgastadas e ruas esburacadas
(Por culpa dos proprietários ou dos fiscais públicos)
Desabrocharam displicentemente, a seu bel prazer,
Pelas frestas ou rachaduras das coxias e calçadas
Por onde costumeiramente, ainda ouso caminhar...
Com medo, á beça, de esparrachar-me ao chão!
“Êta que qua!”

RELMendes – 04/04/2019


quinta-feira, 4 de abril de 2019

QUIMERA, quase um nome de mulher.


(À minha filha Tatiana Veloso Mendes)


-Ah,n’alma, quimeras já as degustei muitas!

Mas quase todas, oh, eram apenas
Um punhado de utopias, irrealizáveis...
Nada além!

-Mas ela, minha Quimera-menina,
Era um grãozinho de Esperança
A decorar de alegria, á beça, todo dia,
O jardim de minh’alma sempre feliz
Desde seu desabrochar em minha vida,
Toda sorrisos... Vivacidade...
E plena de matreirice...  Jocosa!

-Seus olhinhos, ah, seus olhinhos eram...
E ainda o são, para mim, pura alegria a valsar.
(Embora de discutível inocência, também!)
Porém, eles, seus olhinhos, rasgadinhos...
Sempre brilhavam/ á beça, em qualquer situação
Que, por ventura ou desventura, se lhe apresentasse
A qualquer momento, fosse ele oportuno ou não.
Ou melhor: - Cintilavam... Lampejavam, sem cessar...
(A toda hora e em qualquer lugar...em que os fitasse.)
Como se fora eles, estrelas cadentes a rasgar os céus,
Brincando de pirilampos, em noite de luar.

-Ah, minha Quimera-menina não era, tão-somente,
Um simples fruto de minha fértil imaginação, não!
Ela, minha Quimera-menina, é, foi, e sempre será
Uma pessoa linda, valente e, totalmente destemida.
Pois, desde muito pituchinha, se impõe altaneira...
Como quem sabe que é gente capaz de escolher
Seus próprios quereres...
E, por conta disso, mesmo, ainda hoje, ela...
Minha Quimera-menina, muito alumia-me a alma
E o peito, assaz lembrador, deveras,
Que muito plangem de saudades...á beça,
Da infância dela em caminhada!

-Para mim, ela, minha amada... Quimera-menina,
Era, é, e sempre será a própria face, lampejante,
Do viver hoje e de um futuro assaz promissor, deveras!
- nem sempre pude acompanhar o passo a passo...
De seu encantador acontecer, em plenitude, a cada dia -
Pois sua inteligência, assaz curiosa e sagaz...
Desde bem cedo se deu a perceber...a olhos vistos.
Sem, contudo, se fazer de arrogada... Jamais!

-Mas o tempo galopou aligeiradamente,
E, minha pequena Quimera-menina, tão amada,
Após desabrochar-se em Quimera-moça, bonita,
Fez-se uma bela e batalhadora mulher-mãe, amorosa,
De dois bons e belos jovens...estudiosos e gentis,
Para o deleite de todos nós que a amamos...
Além do demais da conta sô!

RELMendes  30/03/2017




quinta-feira, 21 de março de 2019

Meu quarto rebento - benquisto - é um total alento


(A meu caçula Daniel Mendes)


-Filho, em minha envelhecência já presente:
- Tu és a luz que alumia-me os dias.
(Quer sol a pino, tarde escaldante ou noite fria)
- Tu és a mão que auxilia-me na travessia.
(Do meu muito caminhar, daqui prali e de lá pra cá!)
- Tu és o timoneiro que conduz o barquinho
    Da minha vida, ás vezes, á deriva...
(Timoneiro, assaz distinto, no trato a idosos, tu és!)
- Tu és aquele que se faz em mil pessoas
   Só pra acudir-me, a contento e a tempo,
   Em minha tantas necessidades,
      (médico hospitalares, passeios ect &tal)
   Por vezes, tão aporriantes...   Êta qui qua!
(Tua paciência, comigo, é dom de DEUS, sabias?)
-Tu és verdadeiramente, um cara do coração lindo.
(Isto desde que tu eras bem pituchinho!)
 Um punhadão de admiração por ti viu, meu Filho?

-Filho, meu amado quarto rebento...inquilino
Benquisto do coração deste teu velho pai poetinha...
Atentemo-nos!  (Ao que responderemos!)
Pois muitos hão de nos questionar, sem dúvidas:
- Mas que história é esta?
- Não há rusgas entre vocês não?
Então, dir-lhes-emos, sem hesitar:
- Mas evidentemente que sim!
- Um bate boca aqui, outro de novo...ali.
(Pouquinho tempo depois... ) Isto todo santo dia!
Entretanto, nenhum dos dois ( nem ele nem eu) dorme...
Sem antes se abençoarem, mutuamente, não obstante
Esses tantos aborrecidos arremedos diários, viu?

-Filho, meu amado quarto rebento, hóspede
 Querido do coração deste teu velho pai poetinha
Dá-me aqui tuas mãos amigas e generosas,
(Entrelacemos os dedos!)
E aquietemo-nos á sombra desta, paterno filial,
Amizade, que a nós transcende...ao terra a terra!

RELMendes – 19/03/2019