(Homenagem
aos meus setenta (70) anos de idade).
-Se
é verdade que, ao envelhecer,
Meu
rosto perdeu o viço da juventude
-
Porque os rastros da envelhecença o marcaram
Sem
pena, nem dó alguma sequer! -
Também
é verdade que, não esmaeceu, em mim,
A
intensidade de meus tantos sonhos juvenis d’outrora.
Pois
eles, ainda hoje, persistem em mim, tão aflorados/
Quão
aqueles já degustados pelo porongo que fui outrora:
-Sonhos
tressuados de devaneios,incontroláveis,
-Sonhos
tresvariados de doces fantasias,transitórias,
Como
se fora nuvens a valsar nos céus, ao sabor dos ventos!
-Nesses
setenta (70) anos, por mim já percorridos,
As
rugas impiedosamente/ plissaram-me a epiderme viçosa.
E
os meus negros cabelos? Ah, argentaram-se, a olhos vistos,
Pra
alumiar-me á fronte de ancião, sonhador, e agora, poeta!
Mas
a face de garoto, travesso, que em mim resplendia...
E
a alma sensível, de doce galanteador, deveras peralta...
Ah,
essas, ainda hoje, em mim, frementes esplendem!
-Portanto,ah,
se ainda ontem vivi intensamente...
Uma
diversidade de emoções, deveras inesquecíveis,
Não
há por que, neste então, sorver-me em prantos,
Nem,
tampouco, por que quedar-me, agora,
Em
intermináveis lamentos... acachapantes!
Pois/ainda
que longevo, mas pleno de vida a pulsar,
E
de liberdade a cantar, não pretendo agora, em hipótese alguma,
Deixar
de prosseguir tentando poetizar, com imensa satisfação,
Essa
gama de saborosas emoções inesquecíveis...
Que
nem a batuta do tempo, em minh’alma, jamais
As
consegui apagar!
Montes
Claros, 13-03-2011
Romildo
Ernesto de Leitão Mendes
(RELMendes)
Belíssima confissão e testemunho de uma vida bem vivida!
ResponderExcluirBjs,
Maria Luiza
QUE POEMA MAIS LINDO! PARABÉNS!!!
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