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sexta-feira, 31 de março de 2017

SOU INCOMUM SIM


-Pois ladeio-me de coisinhas simples:
- Velhas amizades queridas
- Garrafas de pequi curtido
- Banda de requijão roceiro
- Doces de buriti e mamão verde
- Polpas de umbu acerola e mangaba
- Carne de sol feijão tropeiro com folhas
De “ora pro nobis” coentro e taioba...

-Circundo-me de sonhos pueris:
- Brincar de pintar estrelas
- Fazer de conta que sou menino
Passarinho a voar além montes
- Ser poetinha de versinhos singelos
Quando não sei nem assoletrar a contento
- Sarracotear pelas praças pra namorar
As meninas faceiras que por lá debulhem
Olhares que ainda me fascinam à beça
-Soltar pipas coloridas na minha rua e adjacências
Aos céus azuis de minha terra

-Deixo-me sempre  levar por boas lembranças:
 - Saudade do primeiro amor da infância distante
- Saudades dos beijos que não roubei...
E daí, se isso tanto apraz-me e, não d’outra forma,
Enternece-me tanto...também,  Ora!


RELMendes 26/03/20 17

quinta-feira, 30 de março de 2017

Colóquios com minh`alma


Óh minh’alma alada de sonhos
Tu que voas muito além dessas plagas
Onde escondo-me detrás só de meus
Quereres... Por favor rogo-vos:
- Conduza-me a enchergar com ternura
Todos os viventes meus semelhantes
Para que eu possa degustar o Amor
Na Paz que tanto anelo.

RELMendes 29/03/2017


Calar-se só se for para auscutar o Divino


-Calar-se face a injustiça é omissão das bravas
-Calar-se face ao abandono de crianças e idosos
É o cumulo da aberração humana ou da malversação
A que um ser que se diz humano possa chegar
-Calar-se face a afronta dos governates em  pisotear,
Na cara de pau, os nossos direitos adquiridos,
No mínimo oh é declararmo-nos mortos...
-Calar-se enfim, só em face de aquietarmo-nos a nós mesmo
E  às nossas almas tão carentes de pausas de silêncio
Afim de que auscutem os balbucios do Divino...


RELMendes 30/03/2017