Silêncios
/gritantes /aos uivos/
Perturbam-lhes/
sem cessar/
Os
seus dia a dia/totalmente/ vazios/
Sem
lampejo algum de esperança real!
-Ausências
/magoadoras/à beça/
Uivam-lhes/
n’alma carente/
Transbordantes
de porquês/
Sem
respostas algumas!
-Solidão
/impertinente/pacas/
Cavalga-lhes
o coração /choroso/
Sem
sequer se dar conta de suas dores/
Doloridíssimas/
aos suplícios!
,-Melancolia
/constante/sem pundonores/
Entedeia-lhes/
sem dó/ o cotidiano/estagnado/
Desconsiderando
os sonhos que têm/ aos borbotões!
-Descompaixão/
irredutivelmente/escrota/
Cerceia-lhes
o sonhar /dias alvissareiros/
Em
que pudessem partilhar ternura/à beça/
Torna-lhes
também/ hirtos/ face o pra quê tecer quimeras/
Se
não têm/deveras/ como compartilhá-las/aos montes/
Com
quem os deveria querer bem/ ou amá-los/muito!
-Aparte
isso/saibam/ seus asiladores/ desalmados/
Que/eles/
o asilados/ sentem-se/totalmente/ nascidos/
-Desde
que deram seus primeiros berros no proscênio da vida–
Para
o imensurável espantamento do mundo/belíssimo/
Feito
de convivências /carícias/ e partilha de amores/ sem fim!
RELMendes 18/01/2018