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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Complementação



Quando até as coisas mais simples...
Pareciam-me desvestidas de sabor,
   (Surpreendentemente toda bálsamo!)
Inesperadamente...
ela se derramou como perfume
No percurso árido do meu vazio regaço...
E irreverentemente...
-Pisou-me ( descalça) o campo aberto de meu peito;
-Abarcou-me depressa a alma, a vida,
  E o angustiante tempo de espera;
-Impregnou-me também de uma cálida ternura;
E por fim:
-Embalou-me no dorso luminoso da esperança,
E transportou-me nas asas da prazerosa alegria.   
  
Se de amor quedo-me agora enfermo,
    (Por favor!...)
Não carece de maneira alguma inquirir-me
À cerca de sua nebulosa procedência,
Porque não sei dizer de onde veio.
Talvez do nada, talvez dos sonhos...
Ou talvez, quem sabe
das manhas do acaso?!...
Só sei que eu cá de amor
ainda me quedo enfermo.
      
São Paulo (SP), 18-10-1984
RELMendes



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