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terça-feira, 10 de setembro de 2013

...O bailarino do sertão!

A Igor Xavier o menino de sua mãe


-O bailarino do sertão
No bailar do dia a dia de sua vida
Ainda em flor a desabrochar
Em sonhos e mais sonhos
Era um garboso jovem dançarino
Mas um carcará valente
Ao tecer ávido
Seu ninho de esperança
Em um porvir venturoso

-Entretanto...ao bailar,
Em um tablado ou palco
Onde talentosamente exercia
Seu sublime ofício de dançar
Era tal qual uma garça branca
De nossas belas veredas
A esvoejar elegante e esplendorosa
Em cadência compassada e graciosa
Quer a pés em chão
Quer a pés em ar

-Nessas suas sublimes performances
Ele o bailarino do sertão
Sempre encantara a todos
Que o viam bailar e bailar
Posto que bordava gestos
Leves ternos encantadores   
De uma inenarrável beleza
Pra se ver embevecidos
Pra se admirar extasiados  
Pra se contemplar
Boquiabertos enfim

-No entanto...em um dia qualquer,  
Abruptamente
Sem pena nem dó
Ceifaram-lhe a vida
Ainda em flor a desabrochar
E aquietaram-lhe a arte buliçosa
Do bailar e bailar
Tal qual uma garça branca
Das veredas desse sertão
E por conta dessa crueldade
Até hoje em dia...
Choramos de saudade
Clamamos por justiça
E esse nosso sertão sofrido
Lamenta profundamente a ausência
De sua garça branca bailarina
Que se fez estrela
Pra enfeitar o firmamento        

Montes Claros(MG), 16-08-2013
RELMendes 

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