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terça-feira, 12 de novembro de 2013

O velho portão do quintal da sua infância

      ( uma das referências de sua vida!)

Já no crepúsculo da vida
O menino que em meu amigo ainda se esconde
Pôs-se a buscar fantasmas da infância
Lá no baú do baú das recordações tantas.

Então...
  ( ao abrir-se esse tal baú do baú)
Espantaram-se as lembranças
  ( que nem avoantes a gorjear
   no tempo do acasalamento)
E o meu amigo defrontou-se
Com um velho portão escancarado
Lá pras bandas  do rio Jaguaribe...
Ora exuberante e caudaloso...
  (se no chuvoso inverno nordestino)
Ora um leito seco...
Arenoso e ressequido.
  ( porque esse rio evaporava durante
   a longa estiagem naquele sertão)

Ah! O velho portão do fundo do quintal de sua infância!

Portão velho de tantas fugas ingênuas...
Portão velho de tantas outras escapadelas vadias...
  (do menino travesso d’outrora que era... ora!)

Se não me engano
Esse velho portão do quintal de sua infância
Ainda o enternece...
Ainda o entristece...
Porque ainda hoje o faz sentir saudades de Mariazinha,
   ( a menina que enfeitiçou
     seu coração de ternura em sua infância!)

Ah! O velho portão do fundo quintal de sua infância!

Portão velho de tantas fugas ingênuas...
Portão velho de tantas outras escapadelas vadias...
  (do menino travesso d’outrora que era... ora!)

Montes Claros (MG), 29-04-2009
RELMendes

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