“Se todos os caminhos levam a Roma, em Sampa, todos os
caminhos conduzem ao “Largo do Arouche”.
Bom. Quando eu retornei-me a Sampa, em 84, fixei residência,
inicialmente, nesse belíssimo largo. Sempre o considerei deslumbrante. Fiz até
de minha janela um caleidoscópio, só para espiar, inebriado, o vai e vem
irrequieto das pessoas sempre a se movimentarem por lá, no belo largo... Ora!
Evidentemente, que esse vai e vem era porque por lá havia um fluxo, intenso e
constante, de toda sorte de pessoas, que, por um motivo ou por outro, lá iam,
e, iam satisfeitas, já que por lá, de tudo, em variedades, tinha em abundância:
Árvores pra sombreá-las; floricultura bem sortida de toda espécie de flores e
plantas para encantá-las; restaurantes, bares, bancos de praça para se
assentarem; crianças correndo; jovens casais enamorados; casais de idosos se
acariciando; e, além do mais, do anoitecer, até o climatério da noite vadia,
todos os dias, as frenéticas “Bonecas” lá se faziam presentes para embonecar o
Largo do Arouche e alegrá-lo mais ainda. Embora, voltasse tarde e muito
cansado do trabalho, por volta das 23hs, assim mesmo, eu gostava da
esculhambação e da zorra que as famosas “Bonecas do Largo”faziam lá embaixo”.
(FRAGMENTO DO MEU LIVRO: "SEGREDOS... PRA QUÊ OS QUERO?"
- CAP 2
Montes Claros (MG) 01-12-2014
RELMendes
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