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terça-feira, 3 de maio de 2016

Um dia só pro`s bregueços da saudade


Isto certamente seria um dia
Só pra saudade
E seus muitos mistérios...
Que ora nos acalentam tanto...
E ora muito nos espantam.

- A saudade sempre dói...sim!
Sobretudo a saudade das coisas
Que não foram...
Quando tinham tudo
Para terem sido:
- Os beijos de amor
Que não roubei...
E que eu bem podia
Tê-los surrupiado 
Sorrateiramente...
Quando a mim se ofertaram
Graciosamente...

- As fotografias...propositalmente,
Esquecidas
Na minha velha “Rolleiflex”... 
Que se eu as tivesse revelado...
Bem poderiam estar
Aqui e agora, enfeitando...sim,
Sem pundonores algum...
O portfólio secreto de minhas gratas
E  saudosas recordações...

Ah! E tantos outros etc’s 
Ou miudezas há...enfim,
Que deixei atrás da pressa
Quando andei...errante,
Sem rumo e nem prumo...
Em busca da tal felicidade
Lá no pretérito já bem distante.

- Mas que...nesse exato momento, 
Eu tento ansiosamente reavê-los
Porque os quero havê-los agora...
Pra degustá-los por inteiro...
Pra realinhava-los carinhosamente
Nos desvãos de minha gratidão
Por tudo quanto vivi...
Antes que se esgote completamente
A hora das circunstâncias propícias
Ao pleno resgate deles...
( dos outros etc’s e ou miudezas...ara!)
Vez que a pés em chão caminho apressado
Pra onde depositei minha esperança
E não quero levar comigo, senão o amor...
Que generosamente ofertei e recebi.

Montes Claros (MG) 03-05-2016
Romildo Ernesto de Leitão Mendes ( RELMendes) 

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