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sexta-feira, 30 de março de 2018

Como seria bom enluarar-se novamente!


-A noite /aos poucos/ vai se achegando /enluarada/
E antes que ela/ a noite/ escureça/ em breu/ o céu/
A lua abelhuda/ por vezes/desponta cheinha/ à beça/
A clareá-lo /sem vergonhamente/ de luar/argênteo/
Para espantar a criançada das ruas/ enluaradas/
E acoitar /sem medida/as caricias/ apaixonadas/
Dos amantes...ensandecidos de amor/enluarado!

-Ah! Como seria bom/ se eu/ ainda hoje/ mente de menino traquina/
E minha patota/ sapeca/pudéssemos /novamente /ir às ruas/
Argentadas de clarão de luar/ a encantar-nos as mentes de crianças
A brincar / mais uma vez/de cutucar a lua/em chegada/lá encima /
Tal qual o fazíamos/ bem antigamente/às escondidas dos pais/
Até quase o alvorecer despontar no horizonte/ alhures!

RELMendes – 29/03/2018

terça-feira, 20 de março de 2018

Tributo à mulher Marielle do Brasil/mártir dos direitos humanos!



-Ao anoitecer/de anteontem/o rouxinol negro da favelal
Foi /covardemente/ abatido/por quatro balas /premeditadas
Por algozes perversos/ e não democratas/ por enquanto/
 Ainda não identificados.
Então/ele/ o rouxinol negro da favela/não mais lutará em prol
D e toda sorte de diversidade/que/ nesse agora/ campeia país
E mundão afora Que pena!

-Tudo isto atabalhoa-nos/a mim e a muitos/ à beça!
Ou aporrinha-nos/aos montes/tenha por certo!
Não que sejamos nós ranzinzas/ nem tampouco/
Impertinentes/ mas porque sentimos/ nosso mundo encantado/
Do faz de conta/plenamente desolado/aos pedaços/
Porque / ele/ o rouxinol negro/ da favela/Maré/
Tinha o dom de embevecer-nos/ de esperança!

-Mas /se ele/ nosso rouxinol negro/ da favela/Maré/
Não vem mais à luta em prol de tanta diversidade
Quer aqui / ou alhures/ mundão afora...
Como então/não nos avexarmos /sobretudo/
Com tantos percalços ou adversidade
Que/de repente/ povoam-nos o cotidiano?

-Ah/olhemos/ de esguelha/pra um lado e outro
Dessa vida/por vezes atribuladíssima/
Depois atravessemos o percurso /dado a nós hoje/
Fingindo estarmos confiantes/ não obstante
Tamanha banalização da perversidade/explicita/
Como a da execução da vereadora do Brasil/ Marielle/
O nosso rouxinol negro/ defensor /aguerrido/
Dos direitos humanos/por aqui/ nesse nosso país/
E / por decerto/agora/ do “orbis” inteiro/sem dúvida/
Porque se fez HISTÓRIA/ pra sempre/
Como mártir dos direitos humanos!

RELMendes 16/03/2018