-Ao
anoitecer/de anteontem/o rouxinol negro da favelal
Foi
/covardemente/ abatido/por quatro balas /premeditadas
Por
algozes perversos/ e não democratas/ por enquanto/
Ainda não identificados.
Então/ele/
o rouxinol negro da favela/não mais lutará em prol
D
e toda sorte de diversidade/que/ nesse agora/ campeia país
E
mundão afora Que pena!
-Tudo
isto atabalhoa-nos/a mim e a muitos/ à beça!
Ou
aporrinha-nos/aos montes/tenha por certo!
Não
que sejamos nós ranzinzas/ nem tampouco/
Impertinentes/
mas porque sentimos/ nosso mundo encantado/
Do
faz de conta/plenamente desolado/aos pedaços/
Porque
/ ele/ o rouxinol negro/ da favela/Maré/
Tinha
o dom de embevecer-nos/ de esperança!
-Mas
/se ele/ nosso rouxinol negro/ da favela/Maré/
Não
vem mais à luta em prol de tanta diversidade
Quer
aqui / ou alhures/ mundão afora...
Como
então/não nos avexarmos /sobretudo/
Com
tantos percalços ou adversidade
Que/de
repente/ povoam-nos o cotidiano?
-Ah/olhemos/
de esguelha/pra um lado e outro
Dessa
vida/por vezes atribuladíssima/
Depois
atravessemos o percurso /dado a nós hoje/
Fingindo
estarmos confiantes/ não obstante
Tamanha
banalização da perversidade/explicita/
Como
a da execução da vereadora do Brasil/ Marielle/
O
nosso rouxinol negro/ defensor /aguerrido/
Dos
direitos humanos/por aqui/ nesse nosso país/
E
/ por decerto/agora/ do “orbis” inteiro/sem dúvida/
Porque
se fez HISTÓRIA/ pra sempre/
Como
mártir dos direitos humanos!
RELMendes
16/03/2018
É sempre uma delícia visitar esse cantinho onde você derrama tanta beleza! Abraço.
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