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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ôxe!... Como é “dificulitosa” a belas arribação das formosas juritis avoantes...



-Será que as avoantes graciosas
Arrolando, aos pares acasaladas
Ainda ciscam desprevenidas
À busca do seu cotidiano sustento
Que generosamente a vida e a terra
Oferecem-lhes abundantemente?!

-Será que as ternas juritis do sertão
Ainda turturinam ao se assentarem aconchegadas
Nos galhos dos arbustos da caatinga
Onde ressabiadas
Adormeciam escondidas?!...

-Será que as serenas pombas de bando
Ainda se espantam consternadas
Com a fome carcará do valente bicho homem
Que logo após o acontecer do crepúsculo
Faminto as capturam contente
Como única opção no momento pra saciar-lhe
O seu esfaimado apetite de leão faminto?!...

-Será que as pombas avoantes
Ainda se apavoram desoladas
Com a simplória ganância do bravo sertanejo
Que aos montes as engasgalham ofuscadas
Em rústicos sacos de pura juta crua
Pra depois já em petiscos transformadas
Vendê-las nos bares mercados
E bodegas tantas do sertão?!

-Será que as belas juritis
Testemunhas vivas das muitas vidas
Que abundantes
Pululam na árida caatinga do sertão
Ainda podem voar... voar tranquilas...
Rasgando o céu azul sertanejo
Para completarem assim
O belo ciclo de sua arribação?!...  

Montes Claros, 05-04-2012
RELMendes
              


2 comentários:

  1. Ah, irmão, vc tem que participar do concurso do Banco Real! Quando for época, eu aviso ao Dan e ele vai ao Banco buscar o formulário, sim? Aliás, hoje, é Banco Santander. Entre em literatura e nós vamos escolher o seu poema mais lindo (tarefa dificílima...) para mandar, pois, se houver justiça, com certeza vc leva o prêmio.
    Depois conversaremos sobre algumas vírgulas, certo? Amo vc e sua poesia!
    Bjs,
    Lu

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  2. Lindo seu blog, seu recanto ,sua poesia.É um prazer imenso estar por aqui.

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