-Será que as
avoantes graciosas
Arrolando, aos
pares acasaladas
Ainda ciscam
desprevenidas
À busca do seu
cotidiano sustento
Que
generosamente a vida e a terra
Oferecem-lhes
abundantemente?!
-Será que as
ternas juritis do sertão
Ainda
turturinam ao se assentarem aconchegadas
Nos galhos dos
arbustos da caatinga
Onde
ressabiadas
Adormeciam
escondidas?!...
-Será que as
serenas pombas de bando
Ainda se espantam
consternadas
Com a fome
carcará do valente bicho homem
Que logo após
o acontecer do crepúsculo
Faminto as
capturam contente
Como única
opção no momento pra saciar-lhe
O seu
esfaimado apetite de leão faminto?!...
-Será que as
pombas avoantes
Ainda se
apavoram desoladas
Com a simplória
ganância do bravo sertanejo
Que aos montes
as engasgalham ofuscadas
Em rústicos
sacos de pura juta crua
Pra depois já
em petiscos transformadas
Vendê-las nos
bares mercados
E bodegas tantas
do sertão?!
-Será que as
belas juritis
Testemunhas
vivas das muitas vidas
Que abundantes
Pululam na
árida caatinga do sertão
Ainda podem
voar... voar tranquilas...
Rasgando o céu
azul sertanejo
Para completarem
assim
O belo ciclo
de sua arribação?!...
Montes Claros,
05-04-2012
RELMendes
Ah, irmão, vc tem que participar do concurso do Banco Real! Quando for época, eu aviso ao Dan e ele vai ao Banco buscar o formulário, sim? Aliás, hoje, é Banco Santander. Entre em literatura e nós vamos escolher o seu poema mais lindo (tarefa dificílima...) para mandar, pois, se houver justiça, com certeza vc leva o prêmio.
ResponderExcluirDepois conversaremos sobre algumas vírgulas, certo? Amo vc e sua poesia!
Bjs,
Lu
Lindo seu blog, seu recanto ,sua poesia.É um prazer imenso estar por aqui.
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