Com um cadim de ternura
A sábia árvore velha
Oferta generosa sua sombra fresca
A quem dela se achega.
E sendo assim
Só deixa transparecer
A agradável sensação
De prazeroso frescor.
Dessa maneira
A sábia árvore velha
Consegue disfarçar a
feiúra...
De suas raízes desnudas!...
À parecença da sábia árvore
velha,
O ser humano (ao
envelhecer)
Também deixa à mostra
Suas afloradas raízes (
feias ou belas),
Que ora pela indelicadeza...
Espantam os curiosos
Que imprudentes
Delas se aproximam...
Ora por conta de tanta
ternura
Encantam àqueles
Que deslumbrados
As contemplam!...
Feliz daquele ser humano
Que fincou suas raízes
No singelo canteiro da
ternura,
Porque sempre será capaz
de surpreender
(Com um sofisticado
encantamento)
O divino momento do
encontro!...
À parecença dos belos ipês
lilases,
O ser humano que se
alimentou
Com a saborosa seiva da
ternura
(Mesmo na ancianidade tão
temida)
Sempre semeará pródigo
Pétalas de gentileza
Ao entorno de tudo
Por onde pisarem seus
pés delicados,
De bondoso e
terno mensageiro!...
(Jo 12,32)
Montes Claros(MG),
01-04-2012
RELMendes
Pô,vc até humilha a gente com tanta beleza. estou quase desistindo de meus pobres versos... Mais uma vez, parabéns!
ResponderExcluirBjs,
Lu