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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Só um cadim de ternura bastava!...


Com um cadim de ternura
A sábia árvore velha
Oferta generosa sua sombra fresca 
A quem dela se achega.
E sendo assim
Só deixa transparecer
A agradável sensação
De prazeroso frescor.
Dessa maneira
A sábia árvore velha
Consegue disfarçar a feiúra...
De suas raízes desnudas!...
  
À parecença da sábia árvore velha,
O ser humano (ao envelhecer)
Também deixa à mostra
Suas afloradas raízes ( feias ou belas),
Que ora pela indelicadeza...
Espantam os curiosos
Que imprudentes
Delas se aproximam...
Ora por conta de tanta ternura
Encantam àqueles  
Que deslumbrados
As contemplam!...

Feliz daquele ser humano
Que fincou suas raízes
No singelo canteiro da ternura,
Porque sempre será capaz de surpreender
(Com um sofisticado encantamento)
O divino momento do encontro!...

À parecença dos belos ipês lilases,
O ser humano que se alimentou
Com a saborosa seiva da ternura
(Mesmo na ancianidade tão temida)
Sempre semeará pródigo
Pétalas de gentileza
Ao entorno de tudo
Por onde pisarem seus pés delicados,
De bondoso e terno mensageiro!...    

                                (Jo 12,32)

Montes Claros(MG), 01-04-2012
RELMendes

 

Um comentário:

  1. Pô,vc até humilha a gente com tanta beleza. estou quase desistindo de meus pobres versos... Mais uma vez, parabéns!
    Bjs,
    Lu

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