O que seria a vida, hein???
O poeta
pensou, sorriu...e disse:
Ah! Prá mim...
a vida é uma fagulha de alegria
Que se esvai
rapidinho.... rapidinho...
Portanto, quem
a possui não a esbanje
Com mágoas...desamores...ojerizas
E tantas
outras quizilas, porque senão
Estará
perdendo esse trenzinho da ledice
(- a vida vida - )
Que sempre se
enfeita de amor
De afeto...de
ternura...de delicadeza,
E...de ternos
vínculos de amizade!
Mas,
olha...presta atenção aqui:
Esse
encantador trenzinho da ledice
Descarta a
estória do, ou eu ou ele,
Porque nele só
há lugar para o NÓS!
( A sussurrar, disse, o poeta, poetinha,
poetão!)
E a
refletir...mais uma vez ainda,
Prosseguiu...
o poeta, poetinha, poetão:
Ah! Prá
mim...a vida é o vidrilho
(a lantejoula...o strass.. a purpurina,o
sei lá o quê!)
Que desperta o
frenesi do alucinado dia a dia...
(Do mundo...claro!)
Por isso...
A vida vida é
uma coisinha deslumbrante
Que, apesar
dos pesares, e com todos os pesares...
Vale a pena
ser vivida, sem pundonores!!!...
(Porque deliciosa... ora!)
E a
refletir...novamente,
Prosseguiu...
o poeta, poetinha, poetão:
Ah! Prá
mim...a vida é um empório de surpresas
Ora docinhas...que
nem as guloseimas coloridas
(Das bodegas da esquina da infância!...)
Ora
amargas...que nem os chás :
De sumo de
folhas de boldo...
De flores de
mamoeiro macho...
(Prá aliviar
entojo de empanzinado
ou de
cachaceiro embriagado!)
Mas...
Quem quer degustar
a vida vida em plenitude
Não há que se
amofinar
Em face desses
embrolhos pontuais do dia a dia,
Pois prá
saborearmos o fascínio da vida vida
Basta-nos
amar...sorrir...cantar...assoviar...
E por fim...
Transformá-la
num lindo poema de amor
( E basta!)
E a sorrir...o
poeta, poetinha, poetão
Sem dá mais
explicações...
Saiu...bem
devagarzinho...e partiu!
Montes Claros (MG),
20-02-2014
RELMendes
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