(Que maravilha seria!)
Hoje uns
desejinhos à toa
Amanheceram-me!...
O bulício
deles
Despertou-me
uma vontade louca
De
simplesmente...
Rasgar o verbo
acerca de poetas...
E para tanto,
sucedeu-me o anelo
De embalar-me
nos braços da verve,
Porque ela
sempre os inspira...
E, com certa
frequência, os inquieta!...
Ah, vou
instigá-la!... Ah, se vou!...
Ô verve
estrambelhada,
Por favor...
Fala-me de
teus amados poetas!
Quem são
eles...
E por que
tanto te encantam?
Então,
disse-me ela:
Ah! Os poetas
são criaturinhas encantadoras...
Ora
voluptuosos, benditos ou malditos, inflamados de desejos
(Portanto, apaixonados e apaixonantes!)
Ora ternos,
singelos, engraçados, irônicos...
(Portanto, quase crianças!)
Ora até
melancólicos, egocêntricos, saudosistas
(Enfim, um doce porre!)
Mas todos os
poetas, sim, todos eles
Deleitam-se a
brincar com palavras
(Que não perderam a hora da inspiração!)
E com elas...(
as palavrinhas)
Tecem, pintam
e bordam... versos e versinhos lindos
Que a todos
nós enternecem, a todos!...
(Até a mim... sua verve!)
Ah! Os vates
são habilidosos fiandeirinhos
De belos
versos e lindos versinhos... ora!
(Por isso giro
em suas mentes, inspirando-os!)
Montes Claros
(MG). 25-02-2014
RELMendes
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