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sábado, 18 de julho de 2015

O silêncio falante

Fascina-me e fascina-me 
porque apascenta os tantos eu,s de mim
Portanto...
Indubitavelmente,
É fato que sempre que desejo
Falar com D-e-u-S 
Ou mesmo que quando apenas
Só queira ficar a sós comigo mesmo
- ainda que por um tempinho 
qualquer que seja -
Nunca deixo de me valer
Desse tal silêncio tão falante...
E ao submergir-me em seus mistérios
que nunca hesitam em permear-me
por inteiro... 
Ele o tal silêncio falante
Em total sigilo
- Enquanto me silencia a contento - 
Acintosamente 
Defronta-me... 
Tanto... com uma longa procissão
De meus eu,s em breus
Oh! Quão grande constrangimento
Por apenas só alguns instantes... ora!
Quanto também... com uma imensa 
Fila indiana de meus eu,s em luzes
Oh! Quão grande contentamento
Quase perene... ora!

Por fim...
Se os meus eu,s em breus
São apenas espinhos de caquitos
A ferir-me a alma gentil
Não há em mim nada 
Porquê nutri-los enfim!
Quanto aos meus eu,s em luzes
Se me dão rumo à vida 
E aos céus de nós viventes
Ara! Que sejam sempre muito bem-vindos!
Ufa! Haja coração silente 
Pra ouvir esse silêncio tão falante... ara!

Montes Claros- MG 15-07-2015
RELMendes

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