Ah!
Pelas ruas /vielas /calçadas/ e becos/
De
sua/ hora/ triste cidade/ vazia/
Em
noites / cálidas/ quiçá/ intensas/até/
Enluaradas
/ ou quiçá/ em breu/ pois sem estrelas/
Em
madrugadas / frias/ ou mornas/ pois sem brisas/
Orvalhadas
/ garoadas ou/ não / pois /por vezes/sem umidade/
Uma
bela Violeira / melancólica/ pois absorta em seu pretérito
Carregando
/sobre seus curvados ombros/
Toda
a dor e tristeza / do mundo/ inteiro/
A
caminhar /solitária/ soava saudades/ infindas/
Fazia
/ tristonhas/ serenatas de Amor/ sofrido/
Tocando
sua viola /de sons plangentes/
E
cantando /Cantigas saudosas/ de Amor/ sofrido/
Para
o seu Amor que / de repente/ partira
Pra
além das fronteiras /dessa Vida/
Abarrotando-a
/de imensa dor./doida/
E
deixando-a / imersa/ numa solidão/ sem fim/
Óh!
Toca/ toca tua viola /chorosa/
E
canta teus versos /saudosos/ sem retê-los/
Deixe-os/
afinal/ rasgar /as ruas e vielas/
Vez
que são testemunhas /consternadas/
Dessas
tuas tantas /dores de Amor/ sofrido/
Ó
bela Violeira/ do coração / partido/
Que
o /cruel/ destino /aos frangalhos/
Sem
pena/ nem dó/... O deixou /afinal/.
Quem
sabe / ah/ ó bela Violeira / tristonha/ se cantando
E
tocando tuas plangentes canções /de saudade/
O
teu dolorido luto /de Amor/ sofrido/
Não
se esvaia /mais rápido/ que se espera/
E
aliviada /então/ possas tu/ se permitir
Doravante/
serestar / sem cessar/
Cantigas
/ recém tecidas por ti /em louvação/
Ao
novo Amor/ já em chegada?
É...
Quem sabe, hein?
RELMendes
04/02/2017