Total de visualizações de página

domingo, 28 de maio de 2017

Ela a viola e a saudade


Ah! Pelas ruas /vielas /calçadas/ e becos/
De sua/ hora/ triste cidade/ vazia/
Em noites / cálidas/ quiçá/ intensas/até/
Enluaradas / ou quiçá/ em breu/ pois sem estrelas/
Em madrugadas / frias/ ou mornas/ pois sem brisas/
Orvalhadas / garoadas ou/ não / pois /por vezes/sem umidade/
Uma bela Violeira / melancólica/ pois absorta em seu pretérito
Carregando /sobre seus curvados ombros/
Toda a dor e tristeza / do mundo/ inteiro/
A caminhar /solitária/ soava saudades/ infindas/
Fazia / tristonhas/ serenatas de Amor/ sofrido/
Tocando sua viola /de sons plangentes/
E cantando /Cantigas saudosas/ de Amor/ sofrido/
Para o seu Amor que / de repente/ partira
Pra além das fronteiras /dessa Vida/
Abarrotando-a /de imensa dor./doida/
E deixando-a / imersa/ numa solidão/ sem fim/

Óh! Toca/ toca tua viola /chorosa/
E canta teus versos /saudosos/ sem retê-los/
Deixe-os/ afinal/ rasgar /as ruas e vielas/
Vez que são testemunhas /consternadas/
Dessas tuas tantas /dores de Amor/ sofrido/
Ó bela  Violeira/ do coração / partido/
Que o /cruel/ destino /aos frangalhos/
Sem pena/ nem dó/... O deixou /afinal/.

Quem sabe / ah/ ó bela Violeira / tristonha/ se cantando
E tocando tuas plangentes canções /de saudade/
O teu dolorido luto /de Amor/ sofrido/
Não se esvaia /mais rápido/ que se espera/
E aliviada /então/ possas tu/ se permitir
Doravante/ serestar / sem cessar/
Cantigas / recém tecidas por ti /em louvação/
Ao novo Amor/ já em chegada?
É... Quem sabe, hein?

RELMendes 04/02/2017



quarta-feira, 24 de maio de 2017

Enquanto a Vida ainda acontece



No voltear estonteante da saia godê da noite
- Bordada de estrelinhas lampejantes
E alumiada de clarão de luar prateado -
Debrucei-me...  /Displicentemente/
E dei-me aos sonhos /às ilusões/ Despudoradamente/
Sem me aporrinhar /jamais/ com o que dirão /de mim/
Os impertinentes/ nem os maldizentes/
Nem tampouco os hóspedes da vida alheia
Vez que /nem se apercebem /sequer/
Ser eu/ ainda que longevo/ um brincalhão/Inveterado/
Que ama imergir no breu da noite vadia
Para alumiar meus sonhos e ilusões tantas
Com brilho das estrelas/ e argentá-los/
Ao clarão do luar que clareia a noite /dos enamorados/
Em tempos de lua cheia a lampejar /sem avarezas/.

Ah! E a quem interessar possa/ assim o farei sempre/ sim!
Enquanto o espetáculo da Vida/ em mim/
Ainda aconteça... Radiante!

RELMendes 16/05/2017


sábado, 20 de maio de 2017

CAMINHO



Com sofreguidão tento abrir mão dos atalhos sugeridos
Vez que não são os meus, para então, tomar ou agarrar-me
Totalmente, de unhas e dentes, e muito mais ainda
Aos meus próprios atalhos que, possivelmente ou, quiçá, não,
Conduzir-me-ão por onde muito anelo palmilhar meus dias
Sem a interferência de outrem ou de outros, que não eu,
A fim de que, depois do percurso/ haja sombrias desilusões
Ou orvalhadas alegrias/ não seja senão eu, o único responsável
Por tudo e... Sobretudo!.

Caminho, penso eu, é algo de muito pessoal, ainda que ele,
O meu caminho, não seja Eu, mas sim: - Tu, ele ou ela,
Vós, eles ou elas...e a quem mais eu me permita querer
Partilhar minha vida, quer, em plenitude...
Ou, mesmo, em pedaços, quiçá!

Ora! Então, o que é meu caminho, senão quem ou os quem’s
Com os quais, a cada dia, bem desconfiado, desenovelo a Vida?!


RELMendes 19/01/2017

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Viajar constantemente mais além, pra quê enfim?


Às vezes nós/ poetinhas/ queremos ir mais Além,
Mas muito mais além / mesmo/ de onde/ ao entardecer/
O crepúsculo sempre boceja nos braços do poente carmin
A fim de se saborear a Inspiração tão anelada / por nós/
Que quiçá só se esconda / tão-somente/
No detrás do inquieto imo de nós mesmos...
Vates famintos de Belo!...

Ora! Se é assim pra quê então buscarmos/ tão ávidos/
Fora de nós/ vates tresloucados/ essa Inspiração ensandecente
Que tão despudoradamente anelamos nós a todo instante?

Ora!... Ora!,,, Ora!... Assim penso eu cá com meus botões:
Por pura impertinência nossa/ tão-somente/
De poetinhas devaneadores incorrigíveis
 / quiçá aparentemente desocupados, mas sempre sabedores
com que rapidez a Vida se esvai sem mais delongas/
Que estamos sempre procurando algo de novo /ou quase novo/
Para tecermos encantadores versos, poesias e poemas/ tantos!



RELMendes 17/05/2017

domingo, 14 de maio de 2017

Surpresas ninguém as exprime. Vive-se-as, apenas!



Só uma coisa me fascina totalmente
Caminhar pelas mesmas ruas... Sim!
De preferência sozinho sozinho
Pra não desatentar-me... Jamais!
Nem um pouquinho sequer
De tudo que possa encontrar
Ao longo do caminho...

Caminhar pelas mesmas ruas... Sim!
Sem medo algum de deparar-me... Jamais!
Nas entrelinhas das certezas ou incertezas
Com o entedioso mais do mesmo... Sempre!
Mais do mesmo entedioso  que não se compraz... Nunca!
Com o imensurável desejo de quem anela o novo.,, O porvir!

Caminhar pelas mesmas ruas... Sim!
Pois quem sabe se de repente quiçá
Não possa eu por descuido defrontar-me
Com uma rosa solitária em seu jardim
A beijar-me de lá os olhos extasiados
E a espantar-me a alma inebriada
Bem no finalzinho do meu passeio
Matinal ou vespertino e até noturno mesmo
Independente de meus discutíveis sim’s
E não menos ainda de meus tantos
Deploráveis nãos, hein?!


RELMendes 12/05/2017

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Mães são flores disfarçadas de gente


Onde semeei as Esperanças
Elas desabrocharam em Flores
As flores encantaram-se em Mulheres
Margaridas... Rosas... Camélias...
As mulheres se fizeram Mães amadas
Arvorecendo-se em nós seus filhos amados
Ama-las então, para nós, seus bem-quereres
É pura satisfação e encantamento
Feito versos...



RELMendes 09/05/2017

sábado, 6 de maio de 2017

Desaprisionar-se dos ódios, é caminhar no Amor


-Ah o ódio é uma armadilha que nos prende ao odiado!
Não permitamos, portanto, que a chibata do ódio
que vez por outra nos açoita, também nos aprisione,
por tempo indeterminado, àquilo ou a quem odiamos.
Pois aquilo ou quem é odiado, no mais das vezes,
nem sabe, na verdade, que é abominado...e, portanto, 
 não está nem aí para o que o odiador sente ou não, enfim.
Então não nos tornemos totalmente encarcerados, a outrem,
só por conta de nossos próprios caprichos, descabidos, 
de odiar por odiar tolamente... Ora!

-Mas ao contrario apressemo-nos em utilizar a arte do perdoar 
que é uma maxi-sonata divina que tem o poder de nos libertar 
ligeirinho ligeirInho dessa desconfortável armadilha do ódio
que, quando nela aprisionados, nos atormenta, no o dia a dia, 
a todo momento...sem parar um só instante sequer!

-Impedindo-nos, destarte, de se degustar a delícia dos sonhos 
a serem sonhados sob os ares da liberdade interior
que só sopram ao saber-nos em paz conosco mesmos
e com tudo aquilo que se bole, se mexe, se remexe, respira e, 
vez por outra, nos aporrinha, nos incomoda, nos inferniza 
tira-nos do sério e enche-nos o saco, também, enfim!

-Portanto, nunca consintamos, jamais, que o sol se ponha 
antes de estarmos de bem conosco mesmos, 
e com tudo aquilo que, no mundo, há: - de aborrecido e repugnante! 
E desaprisionados dos ódios... Enfim!
Sintamos que não há preço, no mundo, que pague a felicidade 
de se poder usufruir da liberdade de se ser dono de si mesmo
pra que se possa prosseguir o caminho, passo a passo, 
cheios de Amor pra dar e capazes de Amar profundamente,
como só um poeta sonhador é capaz de Amar, enfim!

-E viva o bálsamo do Perdão Libertador
que nos devolve, generosamente,a Paz Interior... Ora!

RELMendes 04/05/2017



terça-feira, 2 de maio de 2017

Ah, essas “Flores de maio”, esperançam-me!



-Esses meus versos singelos em flores
Fluiram do amanhecer desse maio em chegada
Lampejante de afetos, transbordante de amores
E de olhos bem arregalados esbugalhados
Sempre dispostos a amar o que achar
Pela frente em frente e na frente
Sobretudo a ti e a mim que muito plangemos
Vez que por quase tudo desesperançamo-nos,
Tolamente... É que esse maio veio, Enfim!

-Ah esse maio em chegada, por decerto,
Trará consigo, também, buquês de lírios alvos
Para ofertá-los a ti a mim e a todos os demais
Que às vezes como nós não se permitem... Jamais
Estar sempre contentes e alegres a todo o momento
Ainda que a Vida se lhes escorra...plenamente,a olhos nus,
Como o inexplicável desabrochar das belas “Flores de Maio”
Em chegada... 

-Esses meus versos singelos em flores
Fluiram do amanhecer desse maio em chegada
Que a pés em chão andando ligeiro
Correndo, mesmo, por estradas dúbias
De corações...aves perdidas de ligeirezas,
Tenta, de toda maneira, sobretudo com Flores 
Acalentá-los em suas plangências entediantes
Que os impedem de se deliciarem, em êxtase,
Com o belíssimo desabrochar das lindas “Flores  de  Maio”
Em chegada...

-Ah esse maio em chegada, por decerto,
Trará consigo, também, buquês de lírios alvos
Para ofertá-los a ti a mim e a todos os demais
Que às vezes como nós não se permitem... Jamais
 Estar sempre contentes e alegres a todo o momento
Ainda que a Vida se lhes escorra plenamente, a olhos nus,
Como o inexplicável desabrochar das belas “Flores de Maio”
Em chegada...


RELMendes 01/05/2017