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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Dedos que tocam-nos a alma Mimo à amável Raquel Crusoé Loures




-Ó/ que posso eu perguntar-me  agora/ senão:
- Donde será mesmo que nos vêm/ neste então/
Estes sons tão maviosos/que ao ouvi-los/
Aos ares espalhados/ tanto acalantam-nos
Às almas ávidas/ de alumbrarem-se/mesmo sol a pino /
Até/quiçá/ às nuvens passeadoras/ a brincarem/sem cessar/
Nos altos ares celestes?

-Ora/ saber/ bem o sei eu de onde eles vêm /aos flocos:
- Simplesmente de um piano/ qualquer piano a tocar melodias!
Mas/há/ esses -  sons - que/vez por outra/ os  auscutamos/
Enternecidos/cá pelas bandas daqui /desse Sertão amado/  
Só se exalam de um piano/ ou de qualquer piano/aos ares/
Quando  ele/esse piano/ é/ hábil e prazerosamente/dedilhado
Pelas delicadas e ágeis mãozinhas/aligeiradas em tocá-lo/
Da mais terna e bela pianista deste Sertão:
- A nossa doce Raquel Crusoé!

-Ah!Sem dúvida alguma/ não há/ nesse Sertão ou alhures/
Quem não se enterneça/profundamente/ao ouvir ou vê-la
Dedilhar com maestria as teclas/ sonoras/ de um piano/
Que/ aos toques dos dedos dela/certamente/ musicalizar-nos-á/
Sem avareza/quiçá/ a Vida inteira!

RELMendes -30/05/2018


quarta-feira, 23 de maio de 2018

O que passou /passou


-Tudo é tão passageiro
Vida/ Amores/ Prazeres
-Tudo é tão veloz
Sonhos// Anelos/até Dores
E banais Bem-quereres
-Tudo mal principia
E zás/ vai-se ao vento!

-Quando nos damos conta/pronto:
Restam-nos rastros/ apenas/
Daquele tudo /tão ligeiramente pleno/
Mas também/ tão ligeiramente veloz!

-E depois/ cá quedamo-nos nós/ como fôramos
Cata-ventos a girarem tresloucados/ sem cessar/
Quiçá/ a espera do retorno/ desse tudo/ passageiro/
- Tão lmprevisivelmente/rápido -
Que não voltará/novamente/ Jamais!

RELMendes – 23/05/2018



quinta-feira, 17 de maio de 2018

Meu voo é sempre altivo


-Queiram ou não/ arribo-me aos céus sim
Quer ao alvorecer esplendoroso
Ou ao anoitecer quase em breu
A qualquer momento que me apraza
E despudoradamente!

-Se me espanto de repente
Por qualquer coisinha à toa
Inexpugnavemente
Alço voo /pra bem alhures dalí
Quiçá/ por inesperado susto
Quiçá/por um instinto maior:
O de sobrevivência/ quem sabe?

-Mas sempre voo ou voarei altivo a procura
D’onde eu possa aconchegar-me tranquilo
Sem temor algum de me apoquentar à beça
Seja lá porque quer que o for!

-Será que há nesse mundo este bendito lugar?
Se há ou não/não sei/ mas anelo-o
Inexpugnavelmente!

RELMendes – 17/05/2018


segunda-feira, 14 de maio de 2018

Quem não se espanta na vida quiçá já morreu



-Porquanto isto/eu não me canso de dizer sempre:
- Gosto que me enrosco do amanhecer...lampejante!
- Amo o anoitecer prestes a enluarar-se...por inteiro!
- Encanto-me à beça  com clarão do luar... argênteo!
- Espanto-me de alegria ao ver a vida fluir despudorada
 Em mim e em tudo ao meu de redor...aos borbotões!
- Perco-me em deliciosas sandices ao contemplar
 Uma bela mulher faceira...a perambular por ai afora/                             
Sorridente e/ totalmente  imponderada!
- Aprazo-me em encharcar-me todinho num delicioso
Banho de chuva...porreta!
- Rasgo-me em sorrisos ao apreciar de esguelha
As crianças a tecerem suas traquinices por demais
 Inconsequentes...sem constrangimento algum!
- Inebrio-me ao inspirar o aroma exalado/ sem avareza/
Das touceiras de manjericão do meu quintal...
- Estarreço-me encantado ao defrontar-me
Com um beija-flor a rodear-me inesperadamente/
- Derramo-me de felicidade ao toque da campainha
Que certamente  desentreter-me-á do mais do mesmo
Cotidiano e entreter-me-á com um bate papo rápido/
Mas no mínimo diferente!
Portanto/ vivo constantemente espantado com a Vida!

RELMendes – 08/05/2018              


domingo, 13 de maio de 2018

MÃE é um pedacinho de eternidade em pessoa


-MÃE /quer biológica ou afetiva/pouco importa/
Quando tem vocação maternal/de verdade/
É / sem sombras de dúvidas/
Um pedaçinho de eternidade/em pessoa/
Que se derrama /generosamente/ pela terra/e:
- Faz-se menina /sapeca/pra alegrar  o mundo/
- Faz-se moça/ namoradeira/cheia de amor
- Faz-se/por fim/ útero canteiro/bem adubado/
Pra acolher-nos em seu ventre/aconchegante/
- Nossa toca primeira na vida... Ora! –
- Pari-nos às dores/até quiçá/ aos berros!
Quem sabe/ senão ela?

-Mas/ah/ logo ao despencarmos no procênio
 Dessa vida/ totalmente/ abilolada/porém bela!
Ela/a MÃE/ imediatamente/ rasga-se em sorrisos/de alegria/
- Cobre-nos de beijinhos e cheirinhos/gostosos/à beça/
- Faz-se alimento/ aos borbotões/pra nos amamentar/
- Pois /desde o nascer /somos sempre uns famintos -
- Alareira-se todinha pra nos aquecer da friagem/
Ou aventania-se /aos extremos/pra nos proteger
De quem quer que seja/ou de qualquer coisinha/à toa/
Que ouse/ por desventura/ nos apoquentar/ de repente!

-Entretanto/ MÃE/esse pedacinho de eternidade/em pessoa/
Um dia seguirá o curso do rio da partida que a levará rumo
À lá de onde veio/novamente... É a lei da vida!
E deixa-nos-á por aqui/ muito a contragosto dela/por decerto/
- E a contragosto nosso também/sobretudo! -
Porém /nossa MÃE/ essa pessoa amada/ deixará conosco aqui:
- Muitas lembranças/inesquecíveis/que  gostamos de recordar/à beça/
- Saudades /tantas/ de seus afagos/ acalentadores/pacas/
E uma orfandade/ avassaladora/ que /na gente/ sempre
Plangerá /a cântaros!

RELMendes 09/03/2018

sábado, 5 de maio de 2018

Felicidade transcende de muito à sensação de bem-estar


-Portanto/ não nos sujeitemos/ jamais/
A essa abusada ditadura da falsa felicidade
Que as mídias sociais/ através de nós/
Apregoam/ aos borbotões/sem constrangimento/
Como se ela/ a felicidade verdadeira/ fosse/ tão-somente/
Um reles sinônimo perfeito/ da gostosa sensação
De bem-estar! Ah/ ledo engano!

-Ora! De há muito me dei conta que
A felicidade verdadeira habita em nós/
- Bem escondidinha no âmago da gente -
E só é verdadeiramente vivenciada /em plenitude/
- Mesmo nos momentos de total agrura -
Por aqueles corações agradecidos/ à beça/
Que tecem todos os momentos do seu cotidiano
Com muita Fé/ Esperança/ aos flocos/
E Amor/ aos borbotões!

RELMendes – 29/04/2018



quinta-feira, 3 de maio de 2018

Tomara eu saiba viver tudo agora




-Tudo tão vago...
Apenas um punhadinho de palavras
Aboletaram-se quietas/ em mim/
Quiçá/porque ainda seja madrugada!

-Tudo tão pretérito...
Porém/ refuto-o/ veementemente:
- Não agora! - Detesto filme repetido!
Quiçá/ retorne eu por lá/ no pretérito/
Apenas pra eu recolher alguns olhares
Que gostaria de tê-los ofertado â Marília/
Porém/ quiçá/ encabulado/ não lhos dei/
No devido momento/ pleno de: - agora ou nunca!
Mas guardei-os/ arrependidíssimo/aos prantos/
Lá no âmago de mim/ até hoje/ ainda!

-Tudo tão presente...
Ai sim! Este é o momento/ veloz/
Pra se reverberar anelos/aos montes/
- Quer sandices/ aos olhos de outrem/
- Quer delírios /até a  mim mesmo/
Mas vivamo-lo/ em plenitude/neste então!
Pois ele/ o agora/passa num piscar de olhos!

-Tudo tão futuro...
Ah! Se for no porvir/ quiçá/seja imprevisível/à beça!
E / porquanto/abstenho-me de prevê-lo no agora/
Pois prefiro dar-me ao luxo de viver presente/agora!

-Tudo tão rente a tudo...
Ó ledo engano! No mais das vezes/
Tudo não está tão rente de tudo/quanto se pensa/
Mas/ ao derredor/ no detrás/ ou mesmo/quiçá/
Ao lado da gente/ de todos nós/ sem ser jamais percebido/
Porque sempre buscamos-lho/ alhures!

-Tudo tão alhures de todos...
Ah/ outro ledo engano! Pois tudo está tão aqui/
Em mim/ a pulsar lá onde plangem todos
Meus anelos ou delírios/ de ser alguém além
Mas pouco importa/ tudo é tão nada pra mim/
Quando não há esperança a florir!

RELMendes 10/03/2018