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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Dedos que tocam-nos a alma Mimo à amável Raquel Crusoé Loures




-Ó/ que posso eu perguntar-me  agora/ senão:
- Donde será mesmo que nos vêm/ neste então/
Estes sons tão maviosos/que ao ouvi-los/
Aos ares espalhados/ tanto acalantam-nos
Às almas ávidas/ de alumbrarem-se/mesmo sol a pino /
Até/quiçá/ às nuvens passeadoras/ a brincarem/sem cessar/
Nos altos ares celestes?

-Ora/ saber/ bem o sei eu de onde eles vêm /aos flocos:
- Simplesmente de um piano/ qualquer piano a tocar melodias!
Mas/há/ esses -  sons - que/vez por outra/ os  auscutamos/
Enternecidos/cá pelas bandas daqui /desse Sertão amado/  
Só se exalam de um piano/ ou de qualquer piano/aos ares/
Quando  ele/esse piano/ é/ hábil e prazerosamente/dedilhado
Pelas delicadas e ágeis mãozinhas/aligeiradas em tocá-lo/
Da mais terna e bela pianista deste Sertão:
- A nossa doce Raquel Crusoé!

-Ah!Sem dúvida alguma/ não há/ nesse Sertão ou alhures/
Quem não se enterneça/profundamente/ao ouvir ou vê-la
Dedilhar com maestria as teclas/ sonoras/ de um piano/
Que/ aos toques dos dedos dela/certamente/ musicalizar-nos-á/
Sem avareza/quiçá/ a Vida inteira!

RELMendes -30/05/2018


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