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segunda-feira, 29 de abril de 2019

Não há que se ter tanta ansiedade a toa Pra se degustar a deliciosa felicidade


-Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles...e elas,
Todos nós...juntos, enfim:
- Estamos sempre muito inquietos!
- Quiçá,malassombrados, á beça, até!
Vez que a ausência de intermitência
Em nossas ansiedades constantes
(Para se ser feliz a qualquer preço)
Alvoroçam-nos, desnecessariamente,quiçá,
A alma ingênua, o coração aloprado...
E a pobre mente abestalhada...
Como se fora os de uma criança
Que facilmente se deixa levar ao léu
Ao sabor de suas ilusões tão pueris...

-Ora! Ora! Ora! Deixarmo-nos, pois,
Levarmo-nos pelos apelos pueris da criança que
Em nós residirá até o fim de nossos dias...
E corramos sem medo, o risco de se descobrir que
Felicidade é apenas um punhadinho de coisinhas
Com o delicioso sabor de infância, tão somente,
E nada além!

RELMendes – 23/04/2019

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Todo dia é dia de índio




-Nesse país todos nós somos índios.
(Ou seja. AMERÍNDIOS ou SILVÍCOLAS!)
Quando não no sangue, em seus muitos costumes.
- Comemos lambendo os lábios - beiços mesmo –
Mandioca, macaxeira ou aipim, em suas diversas
Formas de degustá-la prazerosamente:
- Farinhas diversas, farofas tantas, beijus, tapiocas,
Bolos etc & tal
- Balançamo-nos prazerosamente em redes...
- Cochilamos preguiçosamente no seu  balangar.
- Quem não gosta de uma traira sem espinhos
 Frita ou assadinha?
Com as índias aprendemos assá-la ao calor das brasas
Embrulhada em folhas de bananeira ou outras folhagens.
- Quem de nós não gosta de se banhar várias vezes ao dia?
Dizem os europeus que isto é coisa de índio. E não será?
- Quem de nós não gosta de se mudar com  frequência?
Mudança faz parte da vida do índio em busca de terra fértil.
- Fomos, outrora, acolhedores e hospitaleiros, sobretudo com
Os nossos...porque numa tribo todos são responsáveis por todos.
 Como órfãos, idosos etc & tal.
- Somos trabalhadores porque o índio – macho – levanta-se
Cedinho para caçar e pescar para prover a tribo de alimentos.
Se eles descansam á tarde, não é por preguiça, mas pra estarem
Aptos a enfrentar o inimigo invasor de seu território e darem  
Assim condições de fuga ás crianças, mulheres e idosos.
- As índias são parceiras laboriosas e responsáveis pela
Continuidade da espécie...e sua sobrevivência...com fartura. 
- O índio, pra quem não sabe, é um educador por excelência:
Pois quando vai ensinar algo a algum curumim- criança –
Ele se poe de cócoras para ouvir e falar sem se impor
Pela sua altura...ao seu aprendiz atento etc & tal
Isto é apenas um exemplo!

-Então salvem- nos! Salvem-nos!
Porque é uma pinóia das cabeludas
Quem no Brasil diz, ou afirma não ser índio!
“Êta  que quá!”

PS - Ah! A sinistra ministra da agricultura, Tereza Cristina, e
Outros afins, como a esdrúxula Damares, não o são
Vez que uma é uma chupadeira de mangas, quiçá, um guariba,
E a outra, uma butiazeira, viciada em goiabas celestiais.

RELMendes – 20/04/2019
Fotos  de Manoel Freitas


sexta-feira, 12 de abril de 2019

Coisinhas corriqueiras do meu dia a dia


-Acordei? -Respirei? -Espreguicei-me?
-Certifiquei-me de que ainda estou deveras vivo?
-Pois, então, vou deixar a luz do sol entrar:
- Cantarei louvores de gratidão aos céus...
E á vida a fluir em mim, e fora de mim,
-Irei em seguida pras ruas entreter-me, á beça,
Com meus pares... Ou melhor.. Os de minha idade.
(Senhorzinhos e senhorinhas fuxiqueiros)
Para nos desentendermos ou concordarmos
Sobre a escrota tuchutuchucança do ministro
(da economia)
Em favor dos gananciosos banqueiros exploradores...
E gargalharmos muito, acintosamente até, d’outro
Ministro, apedeuta, e de sua infeliz gafe ao dizer:
- “Conge”, ao invés de cônjuge....
“Êta que qua!”

-Gente, por conta de tanta zueira e gozação, á beça,
 Sou sempre o último a deixar a patota, tagarelante,
 Ou a abandonar o pedaço aonde as fofocas correm
Desenfreadas, aos montes...  
Vez que não quero que falem de mim pelas costas...
“Èta que qua!”

-Contemplarei também, florzinhas mimosas, á beça,
Que se aproveitando do desleixo, a olhos vistos,
Das calçadas desgastadas e ruas esburacadas
(Por culpa dos proprietários ou dos fiscais públicos)
Desabrocharam displicentemente, a seu bel prazer,
Pelas frestas ou rachaduras das coxias e calçadas
Por onde costumeiramente, ainda ouso caminhar...
Com medo, á beça, de esparrachar-me ao chão!
“Êta que qua!”

RELMendes – 04/04/2019


quinta-feira, 4 de abril de 2019

QUIMERA, quase um nome de mulher.


(À minha filha Tatiana Veloso Mendes)


-Ah,n’alma, quimeras já as degustei muitas!

Mas quase todas, oh, eram apenas
Um punhado de utopias, irrealizáveis...
Nada além!

-Mas ela, minha Quimera-menina,
Era um grãozinho de Esperança
A decorar de alegria, á beça, todo dia,
O jardim de minh’alma sempre feliz
Desde seu desabrochar em minha vida,
Toda sorrisos... Vivacidade...
E plena de matreirice...  Jocosa!

-Seus olhinhos, ah, seus olhinhos eram...
E ainda o são, para mim, pura alegria a valsar.
(Embora de discutível inocência, também!)
Porém, eles, seus olhinhos, rasgadinhos...
Sempre brilhavam/ á beça, em qualquer situação
Que, por ventura ou desventura, se lhe apresentasse
A qualquer momento, fosse ele oportuno ou não.
Ou melhor: - Cintilavam... Lampejavam, sem cessar...
(A toda hora e em qualquer lugar...em que os fitasse.)
Como se fora eles, estrelas cadentes a rasgar os céus,
Brincando de pirilampos, em noite de luar.

-Ah, minha Quimera-menina não era, tão-somente,
Um simples fruto de minha fértil imaginação, não!
Ela, minha Quimera-menina, é, foi, e sempre será
Uma pessoa linda, valente e, totalmente destemida.
Pois, desde muito pituchinha, se impõe altaneira...
Como quem sabe que é gente capaz de escolher
Seus próprios quereres...
E, por conta disso, mesmo, ainda hoje, ela...
Minha Quimera-menina, muito alumia-me a alma
E o peito, assaz lembrador, deveras,
Que muito plangem de saudades...á beça,
Da infância dela em caminhada!

-Para mim, ela, minha amada... Quimera-menina,
Era, é, e sempre será a própria face, lampejante,
Do viver hoje e de um futuro assaz promissor, deveras!
- nem sempre pude acompanhar o passo a passo...
De seu encantador acontecer, em plenitude, a cada dia -
Pois sua inteligência, assaz curiosa e sagaz...
Desde bem cedo se deu a perceber...a olhos vistos.
Sem, contudo, se fazer de arrogada... Jamais!

-Mas o tempo galopou aligeiradamente,
E, minha pequena Quimera-menina, tão amada,
Após desabrochar-se em Quimera-moça, bonita,
Fez-se uma bela e batalhadora mulher-mãe, amorosa,
De dois bons e belos jovens...estudiosos e gentis,
Para o deleite de todos nós que a amamos...
Além do demais da conta sô!

RELMendes  30/03/2017