( Uma cronicazinha
afetuosa)
Bato-lhes...
Delicadamente...
Às portas de
seus corações
Para
falar-lhes de um, certo, menestrel da “Esperança,”
A quem tive a
felicidade de conhecer
Lá pelos idos
da década de sessenta,
Em um convento
dominicano
Situado no
alto da “Serra do Ouro”,
Em Belo
Horizonte.
Seu sobrenome
era Retumba,
E, Emmanuel, era
o seu abençoado nome.
Realmente...
Não sei lhes
dizer se esse nome lhe foi dado
Por pura coincidência,
Ou por
generosa providencia de Deus...
Mas, que
verdadeiramente o “Senhor”
Sempre se abeirava
de onde quer que ele se encontrasse,
Ah, disto, não
duvidem!
Pois, posso
certamente testemunhar-lhes
Com toda
segurança de que é verdadeiro,
Já que eu
mesmo, por inúmeras vezes, fui agraciado
Com a inenarrável
benção da presença do “Altíssimo”,
Bastando-me
apenas que o tal bondoso amigo se aproximasse de nós
(seus filhos espirituais)
Para convocar-nos
à oração,
Ou, até mesmo,
quando, só, nos chamava para almoçar ou jantar.
Isto, porque, conseguia
estar mergulhado no “Amor de Deus”,
Permanentemente!
Na ancianidade,
Era chamado de
frère Manu,
Por todos os
que o conheceram.
Já o conheci
determinado
(desde há muito )
A ser santo, santo,
pra valer!...
(ou seja, a ser um homem verdadeiramente de
“Deus!)
E já o era de
fato sem disso nunca ter se ensimesmado,
Pois, desde
todo o sempre aprouve a Deus,
Humilde o
fazer!
Peregrinou por
claustros diversos,
Teceu de
humildade o trilhar do seu caminho,
Vestiu-se da
delicada veste da santidade até o fim de seus dias,
Graça que
obteve de “Deus” por ter se mantido,
Durante a vida
inteirinha,
Na mais intensa
intimidade com o “Senhor”.
Ele era um
homem de atitudes generosas e transparentes;
Era,
silencioso e discreto, porque afeito à oração e a escuta
de “DEUS” e
dos penitentes;
Tinha olhos
vivos e luminosos,
Sempre atentos
às necessidades de todos..
Enfim, ele era
um servo sempre a disposição de todos,
E tinha um
coração imenso.
Mas, um dia,
ou, ao entardecer de um dia qualquer,
Tive que me despedir-me
dele, porque resolvi partir.
Então, ele sussurrou-me,
sereno,
Uma doce
palavra de consolo:
“Nem sempre
são os melhores que ficam!”
E, logo em
seguida, deu-me um bom e inesquecível conselho:
“Não perca nunca
a Esperança!”
(Ro 5,5)
Então, por
todos esses motivos,
E por tantos
outros aqui não mencionados.
Nem dele, nem tampouco
de seu sábio conselho,
Creiam-me:
Jamais
consegui me esquecer!...
Montes Claros
(MG), 20-02-2012
RELMendes
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