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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Caldeirão Antropofágico



 (A interação total de todas as expressões culturais)



(Nada de “mais do mesmo”!)

Assunta só:

-Da hipótese à tese...
Quase sempre nos deparamos
Atualmente, com uma fantástica
“Antítese tecnobrega”!...

-Mas, se a curiosidade está alerta,
Depararemo-nos com esta
 Surpreendente hipótese:
 “Verborragia é só verborragia”!...

-Portanto, vejamos:
Suposição, conjectura, teoria,
Contexto, paradigma, recorrente,
Relativismo, individualismo, hedonismo,
Protagonista, pontual, pós-moderno,
Homofobia, heterossexista, fanatismo,
Biocídio, permear, bioética,
Apologia, amnésia, inadimplência,
Acicate, Políticas Públicas, Marketing,
Publicização, fantasia, felicidade, oniomania,
Personal Treiner, Lei Maria da Penha, Marketing,
Personal Stylist, Código do Consumidor, balela,
Estatuto do Idoso, Eca, ilusão,
Inserção, inclusão, acessibilidade,
Choque de gestão, gestão, gestão...

- Assunta só, agora, as conclusões:

Êta potoca potoca  potoca de merda, sô!
“Vá enganar os bestas!...” (L.G.)
“Banguela não mastiga chicletes!” (G.A.)
“È muito blá, blá, blá, pra gente, sô!”  (?)

- Agora, assunta só...
Pra essas atualíssimas antíteses
Que estão por aí afora a pulular kkk:

“Eu quero tchá, eu quero tchú!” (S.F),
 Agrega!... agrega!... agrega!...

“Ai, se eu te pego, ai, ai,se eu te pego” ( ?),
 Agrega!... agrega!... agrega!...

“Ai, ai, ai, ai, ai, ai,
  Assim você mata o papai!”  (SM),
Agrega!... agrega!... agrega!...

“Ex-mai Loove...Ex-mai Loove” (G.A),
Agrega!... agrega!... agrega!...

“Beijinho no ombro”(VP)
Agrega!...agrega!...Agrega!...

Já agregamoooooooooos, pô!!!

- Portanto:
Viva o Hip Hop!...
Viva o Rap mundial!
Viva o Funk carioca!...
Viva todos os MCs...
E todas as MCs do mundo!
Viva a Grafitagem!...
Viva tudo o que está por vir!...
Viva tudo o que já veio...
Porquanto já faz parte
Da “Cultura Urbana” brasileira, sô!!

-E, por conseguinte, pra quê tentar domesticar:
- A música pancadão, advinda das quebradas periféricas;
- A arte plástica da grafitagem, que tanto, a nós povão, encanta;
- A maneira de versejar em rimas, reivindicações, protestos e sonhos a serem alcançados, etc e tal!
Domesticá-los, com um academicismo elitista e rebuscado,
Pra quê mesmo, hein?
-Ora! Se já que está tudo aí, por toda parte...
A vicejar, esplendorosamente:
- O funk, - a grafitagem, - o hip hop e o rap...
Achincalhá-los, então, por que, hein?
-E, se quer queiram ou não alguns,
Eles são...verdadeiramente,
Facetas diversificadas de nossa arte popular
Que já não mais se esconde...tão-somente,
No âmbito das periféricas comunidades...
Então, não acolhê-los, por que, hein?

-Por fim, assunta só:
- E doa, a quem doer,
Na atualidade nos deparamos com uma nova tese:
- O novo “Caldeirão Antropofágico”
  (Que é um negócio muito sério!)
É uma desconstrução total da nossa mentalidade vigente
(talvez obtusa, porque permeada por uma concepção acadêmica controladora e colonizadora de toda sorte de cultura...pelo menos até então!)
À acerca do que seja cultura e, sobretudo,
Cultura popular brasileira...e afins!
-Então, vamos e venhamos,
Se “arte é tudo aquilo que o povo entende” (?),
Não há porque ser elitizada ou colonizada
Por uma pernóstica minoria intelectualizada
Que está malfadada a colecionar
Seus conhecimentos acadêmicos...
Tão-somente, em alguns livros lidos,
Por pouquíssimas pessoas,
E nos escombros de sua devastadora pretensão.
     
-Pois,é!... Como diz um pensador atual:  
“onde há muito debate,
ai não há lugar para o povo,
mas só pra intelectuais.”

(Apenas, “reflexões transitórias
De um velhinho debochado”!...) 

Montes Claros(MG), 15-08-2012
REL Mendes   




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