(Meu
pai)
Abeirando-me, ressabiado,
Da delicada vereda da
saudade,
Ledo, pesquei um momento
de ternura
Eternizado por uma antiga
fotografia
Que, por si só, denota a
beleza
Que transborda de qualquer
poesia.
Como se hoje, ainda fosse,
Recordo-me daquele
radiante dia
Que nem a “Guerra”,
Nem tampouco o cansaço
De seu estafante ofício de
médico,
Impediram-no de esbanjar,
comigo,
Tamanho e tão terno afeto.
Talvez dentre tantos
outros filhos...
Não fosse eu o seu
preferido,
Mas... tenham por certo
Que, sendo eu o primogênito
Das entranhas dele
nascido,
Fui eu quem primeiro lhe
concedeu
A inenarrável alegria de
ser pai...
Naquele jubiloso dia do
meu advento.
Ah, meu amado pai e
saudoso amigo,
O humano e o divino
conspiraram, em segredo,
Para que me fosse
outorgada a honra
De ser, dentre tantos, o
teu primeiro filho!
Esse orgulho, de mim,
ninguém tira!
Essa vaidade, de mim,
ninguém arrancar!
Para mim valeu muito a
pena,
Valeu a pena demais da
conta,
Eis por que ouso alardear
(Com tanto encantamento!)
Que, de ti, não vou me
esquecer nunca,
Nem “bem de vagarinho”!...
Montes Claros (MG)
12-08-2012
RELMendes
Que beleza! Aconteça o que acontecer, nossos pais são sempre a nossa referência de vida e o que podemos senão amá-los?...
ResponderExcluirBjs carinhosos e gratos,
Lu