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domingo, 19 de janeiro de 2014

Um jeito barroco de ser e de viver!

                    ( poecrônica)



Nas curvas e /contracurvas/
Do apressado /cotidiano /da Vida/ barroca/
Há momentos /de muita Sombra/:
- Ansiedade!... - Angustia!... -Tristeza!...
- Dissecação/ de cadáveres! - Peste Negra!...
Mas há// também/ rápidos /
E /abundantes / momentos/ de luz /claridade!/
/ como se fora Epifanias!/
Bem como/constantes e ininterruptos / momentos/de vida vida /
A contrastarem  com aquela /explicita/ morbidez /constante/:
Uma santa ceia /esplêndida!.../
Um candelabro /aceso/ no teto!...
Um enxame de anjinhos /bochechudos/ a esvoaçar/ pelo salão/
(após transpor /um “olho de boi/ em pedra sabão”!)
Uma mão a coçar /o orobó /repleto/ de oxiúros/ irrequietos;
Um cachorro/ e um porco a vasculhar /o lixo/ à cata de alimentos;
Um fiapo de catarro /a escorrer /do nariz de um garotinho/ imundo/
Que se arrasta/ sem cessar/ pelo chão/ a berrar;
Um idoso(a) / peidorreiro (a)/ tentando /disfarçar/ o mal cheiro/
De sua inoportuna/ flatulência/ impertinente/ ao ambiente;
Umas belas /serviçais/ a se movimentarem/ graciosas/ colhendo vinho/ Nas talhas/
(Ah,não faltam /tampouco/ gestos /exagerados/ a se derramarem/ em cena!)

Esse dia a dia / pictográfico/ do barroco/ ah/se veste
De uma/ hilária e encantadora/ multiplicidade /de detalhes/
(que /a nós/nos permitem entrar/ na obra/ e não só /observá-la/
porque / ela esconde/ quase que/totalmente/ seu ponto de fuga!)
Em que /cada pessoa/ cada objeto/ cada coisinha/
(aparentemente/ insignificante/)
Destaca-se /sobremaneira/ no mesmo espaço/
E /ao mesmo/ tempo!

O tal jeito barroco/ de ser e de viver/
É um não /ao “mais do mesmo” /renascentista/
É um /intenso e denso/ movimento /envolvente/
É uma interação/ total /entre o humano e o divino/
É /enfim/ uma inclusão /fantástica/ entre tudo/ e todos!...

Montes Claros (MG), 12-12-13

RelMendes

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