(mesmo assim de repente vez por outra ele se arrocha
ás escondidas nas quebradas da vida!)
-Sem saber por quê é quê é
(Como diria Guimarães Rosa)
Nem tampouco se deveria
Ainda assim disponho-me a ser
Seu amigo agorinha mesmo.
Embora desconfiadíssimo.
Viu?
Entretanto venha bem de mansinho
Senão me espanto e me arranco
Das bocas ligeirim ligeirim.
-Pois não pretendo jamais ser refém
De nem uma estrambelhada qualquer
Nem tampouco de quem queira apenas
Tirar umas casquinhas maneiras de mim
E depois largar-me cá transbordando
De saudade aos montes. Falou?
-Sabe por causa de quê que num quero ser refém?
Por causa que há quem diga a boca miúda
Ou afirme de mãos e pés juntinhos
Que a tal da saudade (Ah saudade!)
É um trem mas um trem tão malvado. É.
Que já matou muita gente mundo afora.
Mas se quem me quiser não importa a intenção
Vier bem de mansinho talvez eu tope a safadeza.
Pois se saudade mata a tal solidão extermina!
RELMendes – 13/01/2019
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