-Amor
internitente, a mim não me apraz, jamais!
Pois
este amor tem cheiro e sabor de paixão, banal,
Permeada
de descomprometimento, total.
Sem
aquele quê de gostosura, do to contigo,
Para
o que der e vier, hoje, amanhã e sempre!
Sem
aquele, êta que quá, que faz a gente amealhar
Segredos
e sonhos, pr’uma vida inteirinha, sem medo
De
ser feliz, nem hoje, nem amanhã, nem nunca!
-Ora!
Amor pra mim tem de ser constante, pegajoso,
-
Qual visgo em arapuca pra se aprisionar
Passarinhos desavisados, sem xurumelas algumas
-
E,
sobretudo lambuzado de gestos de benquerer,
Entre
um e outro, toda hora e a todo momento,
Sem
se dispor a mais nada senão, um ao outro, somente.
-Ah!
E em total oblação de amor comprometido, entre ambos,
E
sempre prédispostos á saliências, inesquecíveis, a toda hora,
Quer
num canto qualquer de chão batido, ou sob e sobre
Alvos
lençóis perfumados com um suave cheirinho de patchouli
E
alumiados pela luz fraquinha de um dourado candeeiro tosco,
Prestes
a incendiar a gostosa alcova buliçosa de prazeres, tantos,
Onde
nossos corpos se contorcem, se enroscam, e se remexem,
Sem
xurumelas, prazerosamente, aos sussurros, infindáveis,
Do
nosso rosetá, sem fim, em todos os agoras!
RELMendes
– 30/10/2018
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