(Pra si mesmo claro!)
-Remexeu
por horas
As
gavetas do seu pretérito.
Sorriu
por vezes contente.
Culpa
quiçá das coisinhas boas
Que
outrora vivera poucas vezes.
-Verteu
lágrimas a cântaros.
Vilanias
enfeitaram-lhe
O
cotidiano sem trégua
Sequer
um só dia.
O
pretérito fora-llhe uma arena
Apenas.
Pra
quê então remexê-lo
Com
tamanha ousadia?
-Olhou
e reolhou com desdém
Os
desvãos todos do seu pretérito.
Enfarou-se
de bulir em quinquilharias
Que
algemaram-no ao seu outrora
Assaz
distante.
Meneou
então a cabeça grisalha
Sutilmente.
Balançou
os ombros franzinos.
Como
quem debocha de algo
Quiçá
das coisas que não foram.
-Fixou
por fim os olhos marejados
De
lembranças abestalhadas
No
seu presente bem ali consigo.
Armou-se
de risos.
E
rindo-se de si mesmo
Evadiu-se
dali sem cantilenas
Nem
de descaso nem de alegria.
Apenas
pleno de certeza que
Viver
o presente é de mais valia!
RELMendes
– 11/11/2018
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