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sábado, 26 de novembro de 2011

Uma tímida fantasia de amor



Ao cair da tarde,
Logo após o incandescente crepúsculo sertanejo,
Soa... insistentemente,
A barulhenta campainha de minha casa.
Atendo de pronto,
E um tanto quanto apressado.

Oh, era ela!
A musa de meus sonhos abusados,
A inspiradora de meus libidinosos desejos.
Pediu-me água com um terno sorriso,
E dei-lhe, além de água, sorrisos maliciosos,
Olhares sôfregos de inenarráveis desejos,
E, também, o meu coração desprevenido.

Logo após ter saciado a sua falsa sede,
Sem constrangimento algum,
Inquiriu-me curiosa:
“Amas alguém”?
Amo! Respondi-lhe, enfaticamente!
Só não lhe revelei a quem,
Porque não me deu chance.
Uma profunda tristeza cobriu-lhe a face,
E partiu... imediamente,
Sem saber que por ela me apaixonei.
Nunca mais a vi,
Só sei que, de repente, a amei!

Montes Claros (MG), 26-11-2011
RELMendes


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