Da poesia nasceste...em mim,
Ó liberdade tão ansiosamente anelada,
E como se foras o único encanto...
De uma utopia infantil,
Busquei-te...desvairadamente,
Sem dar-me conta das muitas ausências...
Que em meu ser...cedo ou tarde,
Frementes, aos montes,
plangeriam-me ...
E aí, então, a solidão...
- Saudade das muitas ausências- presentes-
Far-me-á declamar versos de lamentos:
-Oh! Canto o inexplicável...
Sinto o injustificável...
Capto a alegria da esperança,
Mas acho que me perdi,
Porque os perdi ao relento...
Oh, meus amado rebentos!
-Oh! Falo, digo, reclamo...
Mas não compreendo-me...
É um anseio vazio constante
De tantas presenças ausentes
Que em mim passeiam...
-Maltratando-me sem pena nem dó-
Perco-me na solidão...
Desespero-me de saudades...
Desejando ser eu e nós juntinhos,
Em mim mesmo,
E no universo das criaturas...
Montes Claros, 30-01-1976
RELMendes
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